Pesquisadores do ICET buscam entender o comportamento do caranguejo vermelho

Um estudo realizado pelos pesquisadores do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia de Itacoatiara (ICET) está analisando o potencial zootécnico de crustáceos da espécie Dilocarcinus pagei, caranguejo nativos da América Latina, conhecido popularmente como caranguejo vermelho.

As pesquisas vêm sendo desenvolvidas no laboratório de Zoologia do ICET, onde alunos de graduação e pós-graduação, orientados pelos professores doutores Bruno Sant’Anna e Gustavo Hattori buscam entender o comportamento da espécie.

A perspectiva principal das pesquisas é fornecer dados para o cultivo em larga escala, ou até em micro escala para as comunidades ribeirinhas de forma a gerar renda e preservar a espécie.

Segundo o aluno de mestrado, Émerson Dantas, que está desenvolvendo experimentos, para determinar o índice de crescimento do caranguejo vermelho (muito utilizado como isca-viva para pesca esportiva na região do Mato Grosso e nas represas de São Paulo) em cativeiro, o estudo busca verificar efetividade da isca. “Estamos fazendo alguns estudos para verificar sua efetividade como isca, envolvendo crescimento relativo, realizando medições periódica  necessária para analisar se o crescimento ocorre simetricamente na largura da carapaça, nas pinças. O animais recém nascidos em cativeiro são colocado em celas (espaços de tamanhos diferentes onde os filhotes são depositados) para que seu crescimento seja monitorado  por 90 dias para averiguar a taxa de crescimento”, explicou.

De acordo o doutor Gustavo Hattori “o trabalho orienta-se pela análise da biologia reprodutiva, e identificar o potencial reprodutivo dessa espécie, verificar se ela tem importância econômica que pode ser explorada, tanto como isca-viva quanto para consumo humano. Estamos analisando a parte de crescimento e comportamento levando em consideração os períodos de cheia e de seca da região amazônica, e como ele influencia na biologia desses animais”, informou.

Na mesma linha o doutor Bruno Sant’Anna, salienta que o trabalho com caranguejos objetiva entender a dinâmica da espécie. “Procuramos entender: qual a densidade que se pode cultivar esse animal? quais os parâmetros da água? Se pudermos entender bem essa dinâmica isto pode se reverter em geração de renda com criação desses animais para vender como isca viva, e assim também de deixar de tirar o animal do ambiente”, afirmou.

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