Lançadas mais três obras publicadas pela Editora da Universidade Federal do Amazonas

O contexto da realidade amazônica a partir de diferentes perspectivas do conhecimento científico foi celebrado com o lançamento de mais três obras publicadas pela Editora da Universidade Federal do Amazonas (Edua) na última sexta (8), no Espaço Cultural da loja Bemol, no Manauara Shopping.

Os aspectos da educação profissional na região Norte, uma nova configuração para o debate acerca da floresta amazônica e os motivos para a evasão de homens amazonenses no Serviço Social foram os temas que fundamentaram mais três publicações da Edua em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) e lojas Bemol. O lançamento dos livros reflete a preocupação da Ufam em incentivar e divulgar a produção acadêmica nas diferentes faculdades da Universidade.

Resultado das inquietações de Carlos Costa sobre a baixa quantidade de homens cursando Serviço Social ou que migraram para outros cursos de graduação e diante da alta quantidade de impostos que o Amazonas teve que pagar no período áureo da borracha, onde o movimento separatista do sul do País usava a justificativa de que o Estado era um apêndice econômico para o Brasil o livro “O caminho não percorrido” desmitifica a ideia de que a carreira historicamente construída para mulheres não é predileção do sexo masculino por questões econômicas e não por unicamente por preconceito como se pensa até os dias de hoje. “Com a implantação da Zona Franca, os homens abandonaram o curso e a carreira na assistência social para ir às fábricas e manter o sustento da família. Temos outros fatores como baixos salários, jornada de trabalho indefinida que também influenciaram negativamente na situação. É importante desconstruir essa imagem de que é uma profissão para mulheres e que os homens não a exercem por preconceito, inclusive porque podemos apontar, por exemplo, o desembargador Paulo Feitosa como um dos nomes masculinos em Serviço Social”, comenta Carlos Costa. Ao longo da obra, o autor destaca dados da profissão de outros países como Inglaterra e Estados Unidos.


Organizadores e autores das obras Organizadores e autores das obras Organizado por professores da Faculdade de Educação com objetivo de incentivar a pesquisa científica na academia desde a graduação, o livro “A Educação Profissional na Região Norte: reflexões e críticas” é dividido em quatro partes. A primeira versa sobre a educação profissional sob os aspectos legislativos e sobre o plano de desenvolvimento da Educação ainda no governo Lula. A nível local, as segunda e quarta partes trazem artigos que analisam programas, reformas e políticas de formação de professores no Ensino Médio e Profissional em Manaus e no Amazonas. Contemplando outro Estado da região Norte, a terceira parte reflete sobre a política educacional em Roraima. A obra foi resultado do apoio dado pela Fapeam à pesquisa através do financiamento do projeto e da parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam) que possibilitou o trabalho coletivo junto aos pesquisadores da Ufam.

“Considero uma ótima proposta para tornar ainda mais fértil a produção editorial sobre o tema. Esse livro é uma reflexão filosófica decorrente da investigação, da pesquisa. Foi um trabalho sutilmente elaborado que ajuda a esclarecer as relações que se estabelecem na construção do conhecimento, na identificação ideológica do que move o pensamento, nas perspectivas sociais, políticas e econômicas que efetivam decisões públicas, as quais influenciam diretamente o fazer pedagógico, a atividade educativa”, destaca o professor Arone Bentes, do Ifam.


Configurar um novo debate sobre a Amazônia é o que pretende o livro “Floresta Amazônica” organizados pelos professores Julio Cesar Rodrigues Tello, Selma Suely Baçal de Oliveira e João Rodrigo Leitão dos Reis. “Floresta Amazônica” compila artigos científicos produzidos no Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais que trabalham a questão socioambiental partindo de temáticas como o meio ambiente, o associativismo e a relação espaço-tempo na organização do currículo escolar na Amazônia. Segundo o professor Julio Tello, um dos organizadores da obra, congratular os pesquisadores com a publicação de suas produções científicas representa um incentivo para que continuem a tentar compreender esse espaço tão rico que é a Amazônia: “Compreender a Amazônia não é fácil, pois envolve múltiplas variáveis de cunho teórico, cientifico e também social e cultural que precisam estar bem concentrados para extrair importantes estudos e resultados para sociedade. É preciso conhecer a dimensão da Amazônia e entender que não se trata apenas de uma floresta, mas também de um espaço que agrega diferentes linguísticas de diferentes comunidades que a formam. Os pesquisadores ao entender esse aspecto e a importância para o meio acadêmico de pesquisar e estudar Amazônia contribuem para um novo gás, um incentivo para que outros pesquisadores a vejam assim e se interessem por ela”.

 

BCMath lib not installed. RSA encryption unavailable