Potencialidade da Biodiversidade em destaque no I Workshop Óleos Essenciais da Amazônia

O potencial existente na biodiversidade da Floresta Amazônica destinado para diversos usos, principalmente na indústria farmacêutica e pela  de cosméticos foi abordado na palestra de abertura "Potenciais da Biodiversidade", no  I Workshop Óleos Essenciais da Amazônia, proferida pelo professor da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), Ari de Freitas Hidalgo. A palestra de abertura ocorreu nesta quinta-feira, 7, no auditório da Biotecnologia, Setor Sul.

O evento se encerra nesta sexta-feira, 8, com debates sobres os temas: “Produção de Óleos Essenciais”,  “Estudo de Aromas de Frutos Amazônicos”, durante a manhã  e os mini cursos “Técnicas de Arraste a vapor”, “A influência de técnica de extração na composição química” e “Identificação dos constituintes de óleos essenciais”, no horário da tarde.  

De acordo com o professor Ari Hidalgo, palestrante deste primeiro ia de atividades, o principal objetivo da palestra é despertar no acadêmico, inquietações a partir de informações sistemáticas de pesquisas, como também orientá-los na tomada de decisão quanto à realização de trabalhos relacionados a essa área. Ele lamentou o insignificante número de pesquisas diante do imenso potencial oferecido pela Floresta Amazônica.

“São matérias-primas destinadas para consumo, como frutas, óleo, madeira, comestíveis, dentre outros”, pouco estudadas e conhecidas. Temos informações básicas sobre a flora amazônica em que grande parte desse potencial é desconhecida. Qual o tipo de semente? Em que ambiente essa semente pode ser encontrada? São para essas questões as quais ainda precisamos de respostas”, comentou o professor.

Ainda de acordo com ele, o conhecimento tradicional é a fonte do conhecimento cientifico, especificamente, quando as plantas nativas são objeto de pesquisas voltadas para o beneficiamento de produtos farmacêuticos e cosméticos. Ele acredita que o conhecimento tradicional deve ser respeitado, por conta da sua consolidação durante milhares de anos, conservado através das culturas dos povos da Amazônia.

“Ao longo dos anos ele vem sendo descaracterizado por meio de informações equivocadas, mas é um conhecimento que serve de base para a pesquisa em que as matérias primas devem ser testadas farmacologicamente, quimicamente e customizadas”, argumentou.

Apesar de poucos trabalhos científicos no âmbito acadêmico das instituições de Ensino e Pesquisa em nossa região, o professor é otimista quanto ao desenvolvimento da pesquisa voltada para essa área de conhecimento. A criação de programas de pós-graduações nas universidades amazônicas e o direcionamento de cursos de graduação  voltados para essa finalidade, como também o fortalecimento de programas de iniciação científicas, são algumas das ações que estão trazendo ânimo para o desenvolvimento do setor, ainda segundo o professor.

Sob a coordenação da professora Rosany Piccolotto, O I Workshop Óleos Essenciais da Amazônia originou-se da ideia de chamar a atenção da comunidade acadêmica sobre a importância da Biodiversidade Amazônica. A professora elenca diversas matérias primas, como por exemplo, frutos, raízes, folhas, caules, os quais podem proporciona diferentes produtos para consumo das pessoas.

Nesse sentido, Piccolotto disse que o evento ajuda a mostrar aos acadêmicos as diversas atuações do profissional e de como ele pode direcionar as pesquisas no contexto da temática sobre óleos essenciais da Amazônia, questionando: “Como aproveitá-los? Para que servem? Quais os principais órgãos que estão desenvolvendo pesquisa nessa área?”, finalizou a coordenadora. 

Anexos:
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