Saúde Pública no Amazonas é abordada na Semana de Medicina

Aproximar os estudantes do Curso de Medicina a realidade do âmbito da saúde pública do Estado do Amazonas é o objetivo principal da palestra `Saúde Pública no Amazonas` que teve a apresentação do professor Antonio de Pádua Quirino Ramalho do Departamento de Saúde Coletiva. A palestra faz parte da programação da Semana de Medicina que ocorre até sexta-feira, 8, no auditório Dr. Zerbini, da Faculdade de Medicina.

 

 

Questões sociais, históricas, antropológicas e até mesmo políticas foram abordadas na palestra `Saúde Pública no Amazonas, proferida pelo professor Antonio de Pádua, que considera o tema importante para que o aluno, ao ingressar na Faculdade de Medicina, venha compreender a realidade da saúde pública do Estado do Amazonas.

 

Antonio de Pádua entende que a criação da Universidade foi para promover mudanças que possibilitem o desenvolvimento regional e a melhoria da qualidade de vidas das pessoas. Para o professor, na Ufam deve existir um movimento contínuo de construção da informação para que essas mudanças ocorram. “No curso de Medicina, é necessário o entendimento amplo, porque  essa área não se restringe somente a atenção hospitalar,  ao medicamento e aos exames, pois a saúde das pessoas depende das condições materiais e das condições sociais refletida, por meio da economia, em suas vidas”, comenta Antonio de Pádua.

 

 

O professor faz analogias da formação profissional com outras circunstancias necessárias para a consolidação de algo: “o alicerce é a base para uma construção, assim como o primeiro trimestre da gravidez é importante para a proteção do bebê. Assim, é preciso no início da formação profissional dar clareza de qual é o propósito do médico”, comenta o professor.

 

Ele cita as Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Medicina que norteia a formação profissional, cuja base está respaldada na capacidade critica, na habilidade de mobilizar as pessoas, no sentido da melhoria de vida. Sem repassar essa percepção e visão de quais são dos determinantes sociais da saúde, nós não teremos o profissional desejado.  Entendo que, mesmo para um  iniciante se faz necessário a clareza sobre a formação profissional e de sua atuação, no sentido de mudar a realidade das condições de vida da população”, ressalta Antonio de Pádua.

 

De acordo com o professor, o futuro do Amazonas desponta para o interior, em razão das riquezas minerais, do potencial biológico e da biodiversidade, que são fatores econômicos de desenvolvimento econômico e social. “É preciso conhecer como vivem, como adoecem e como morrem as pessoas, pois a partir daí cria-se estruturas sustentáveis de atenção a suade. A Ufam tem feito isso nos campi do interior e a ideia é aproximar o aluno a essa realidade, pois aquilo que não se conhece não se pode transformar, finaliza o professor.

 

Opinião

 

A amazonense e caloura do Curso de Medicina, Gizely Jesus Bertoldo, 22,  disse estar muito entusiasmada com o inicio das aulas e que a realização da Semana de Medicina vem esclarecer alguns questionamentos sobre a profissão e a realidade local, como também sobre o futuro profissional. Quero fazer um bom curso, porque é um sonho realizado. Estou feliz em ingressar na Universidade Federal do Amazonas e espero torna-me uma boa profissional, porque acredito que a Ufam vai me proporcionar isso, completa a aluna de medicina.

 

 

 

 

A paulista Cristiane Bergue Dias, 28, também caloura de Medicina, faz um parâmetro da realidade local com a do sudeste do País, considerando não muito diferente do que ocorre por lá. Segundo ela, a palestra trouxe grandes expectativas para a realização do curso de Medicina, pois, o fato de cursar uma Universidade Pública numa região diferente, acredita que sua formação será mais completa.

“Apesar da formação em Enfermagem, quero especializar-me em Psiquiatria, pois trago experiências significativas para compreender os aspectos humanos”, finaliza Cristiane Dias.            

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