Mais uma noite de lançamentos de livros da Edua

Mais três publicações da Edua foram lançadas na noite desta última quinta-feira (31) no Espaço Cultural da loja Bemol, no shopping Manauara. As obras abordam temos diversos como educação ambiental e festas populares, o modelo rodoviário do País e contabilidade.

O livro “A civilização do automóvel: a BR 319 e a opção rodoviarista brasileira” versa sobre o modelo hegemônico de transporte no País a partir de uma reflexão sobre a rodovia que liga Manaus a Porto Velho. Marcelo Rodrigues, autor da obra, diz que esse modelo pode ser perverso ao pensarmos no Brasil como um País de dimensões continentais e geograficamente diverso: “Se pensarmos em como a BR 319 é peculiar, se lembrarmos que a Amazônia tem a maior bacia hidrográfica, vamos nos questionar até onde é honesto com a população dessa região a construção de uma rodovia. No livro, eu busco mais do que apenas discutir a BR 319, o objetivo é questionar esse modelo civilizacional e esse modal de transporte hegemônico”. “A civilização do automóvel” é o pontapé inicial para o aprofundamento da discussão a respeito da validade daconstrução da rodovia em plena Amazônia e para o “desenvolvimento mais honesto para com a população amazonense”, conforme destaca Marcelo.

Autores e organizadores do livro “Estudos em Contabilidade e Controladoria” Autores e organizadores do livro “Estudos em Contabilidade e Controladoria” Fruto da parceria entre duas instituições de ensino superior, o livro “Estudos em Contabilidade e Controladoria” reúne artigos de discentes do Centro Universitário do Norte (Uninorte) e foi organizado pelos professores Antônio Geraldo Harb, Mariomar de Sales Lima e Waldemar Antônio da Rocha de Souza. “Os docentes, além de orientar os alunos, se uniram para organizar a coletânea. São dissertações que resultaram em trabalhos, posteriormente transformado também por alunos do mestrado nesse trabalho, que é uma junção de vários esforços de acadêmicos e professores da Uninorte e da Ufam” ressalta a professora Mariomar.

Um dos mais importantes símbolos culturais do Amazonas, o Festival de Parintins foi o objeto de estudo do livro “Educação Ambiental e Festas Populares” de autoria de Elizabeth da Conceição Santos. O estudo levou quatro anos e resultou em um programa de educação ambiental na cidade que todos os anos tem sua população triplicada durante a realização do festival. Os impactos sociais, culturais, políticos e econômicos foram observados e analisados, bem como as toadas dos bois bumbás Garantido e Caprichoso. A obra também faz um resgate histórico sobre a vinda do “bumba meu boi” do Nordeste e a sua transformação em boi bumbá na Amazônia. “eu vi no Festival de Parintins esse potencial de usar as toadas como instrumento de sensibilização dos participantes do festival para pensar a problemática e comprometer com a questao ambiental para além apenas do que se pensa como meio ambiente, que é visto apenas como meio físico e biológico. No livro o meio ambiente é posto através dos temas transversais como foi definido nos parâmetros curriculares nacionais”, comenta Elizabeth. As ilustrações do livro são resultado de um concurso realizado entre os alunos de ensino fundamental e médio das escolas onde o programa de educação ambiental foi trabalhado.

 

Sobre os lançamentos da Edua

Desde setembro já foram lançados pouco mais de dez obras publicadas pela Editora da Universidade Federal do Amazonas (Edua). As publicações contam com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) e em diferentes áreas de conhecimento buscam contribuir para o desenvolvimento científico da região. Em setembro também foi realizado um feirão que ofertou mais de 3oo títulos com 50% de desconto para venda na Livraria Lua. As ações refletem o esforço em popularizar os livros publicados pela editora: “O objetivo principal dessas obras que estamos lançando é, principalmente, aproximar sociedade e academia”, destaca a professora Suely Marquez, diretora da Edua.

No dia 8 de novembro serão lançados os livros “O caminho não percorrido”, do jornalista e assistente social Carlos Costa, que aborda a trajetória dos assistentes sociais masculinos no mercado de trabalho local, “A educação profissional na região Norte” que faz uma reflexão sobre reformas do Ensino Profissional e sua repercussão no ensino estadual e federal da região Norte, escrita e organizada por docentes e alunos da Faculdade de Educação e “Floresta amazônica: configurando um novo debate”, obra organizada pelos professores Julio César Rodrigues Tello, Selma Suely Baçal de Oliveira e João Rodrigo Leitão dos Reis, que reúne artigos que versam sobre produções de construções teórico-científicas contemplando o meio ambiente, o associativismo e a relação espaço-tempo na organização do currículo escolar na Amazônia.

As publicações da Editora da Universidade Federal do Amazonas podem ser adquiridas na Livraria Lua, localizada no Instituto de Ciências Humanas e Letras, Setor Norte do Campus Universitário. O horário de funcionamento é de 8h às 18h.

 

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