Economia Criativa: uso estratégico da propriedade intelectual no circulo virtuoso da inovação é tema de Seminário preparatório de lançamento do Observatório de Economia Criativa do Estado do Amazonas (Obec-AM) cujo objetivo é formular, implementar e monitorar políticas públicas para o desenvolvimento local e regional, visando o apoio de ações criativas de profissionais e de micro e pequenos empreendedores no Amazonas. O Seminário ocorreu na manhã desta quinta-feira, 31, no auditório da Faculdade de Direito e terá continuidade com debates no período vespertino das 14 às 17h.

A palestrante e coordenadora executiva da Agência PUC – Rio de Inovação (NIT) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Shirley Virginia Coutinho, disse durante o Seminário que tem a preocupação com as pessoas que pensam em Economia Criativa em disseminar a cultura e usar de todos os  benefícios relacionados a ela. Entretanto, ressalva a coordenadora, poucas são as pessoas que tem a preocupação de agregar valor aos produtos culturais em termos de proteção da propriedade intelectual e de seu uso estratégico, principalmente, quando diz respeito a marca.

Fora isso, Coutinho comenta que ao fazer a Economia Criativa, existem  desdobramentos envolvendo a produção de riqueza, renda e emprego. Segundo a coordenadora, o uso da tecnologia como fator diferencial do produto cultural é um aspecto  que dá a ele um aumento e alcance da diversidade de usos da cultura.  “Quando estamos vivendo em um meio econômico, várias são as vertentes que devem ser exploradas e usá-las adequadamente para que o produto resulte benefícios à sociedade”, declara Shirley Coutinho.

A coordenadora acredita que a riqueza da diversidade cultural Amazônica que está inserida no cotidiano do homem amazônico é desconhecida do restante do Brasil e que, por outro lado, esse amazônida não saber o valor que isso representa. “Então, o que imaginamos em falar de Economia Criativa é exatamente utilizar todo potencial amazônico e transformar os desafios impostos pela realidade da região, em vantagens. Ao mesmo tempo, quanto há dificuldades impostas é preservada a originalidade cultural. Isso é fundamental, não tendo que descaracterizar a cultura local quando se pensa em benéficos a sociedade, mas que também seja disponível para o resto do País e para o mundo”, frisa Shirley Coutinho.

Ela relata que o cuidado relacionado ao uso estratégico da propriedade intelectual e da tecnologia é considerado como uma ferramenta de compensação as dificuldades consideradas desafiadoras, tornando uma  vantagem competitivo como algo positivo.  “Cabe a nós enxergamos as potencialidades dessas comunidades amazônicas, tornando conscientes de apropriação de valor. Isso é, absolutamente, factível”, completa a coordenadora.

A Pró-Reitora de Inovação Tecnológica (Protec) e coordenadora do Obec-Am, professora Socorro Chaves, analisa que a realização do seminário  preparatório de lançamento do Observatório de Economia Criativa do Estado do Amazonas (Obec-AM) vai além de um simples evento. “A realização do Seminário é de extrema relevância, pois foi ministrado por uma profissional competente que compartilha suas experiências na área de Economia Criativa, o que possibilita a inserção da Universidade em várias comunidades amazônicas. Na realidade, não é somente um preparatório, a professora Shirley Coutinho nos capacita, compartilhando informações e oportunizando  parcerias no âmbito nacional e internacional”, conclui Socorro Chaves.             

Quem é a palestrante

Shirley Virginia Coutinho é Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Espírito Santo (1963) e mestre em Administração de Empresas, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1990). Atualmente, é coordenadora executiva da Agência PUC – Rio de Inovação (NIT). Tem experiência em Administração de Empresas, com ênfase em Estratégia e Gestão Empresarial, de Ativos Intangíveis e de Recursos Humanos.

Mais informações no site:http://protec.ufam.edu.br/index.php/ultimas-noticias/418-economia-criativa