ICET leva cidadania à Unidade Prisional de Itacoatiara

O projeto Bordando Qualidade e Renovando Cidadania, coordenado pelas professoras Alcilene Camelo e Fabiana Paschoal e que vem sendo desenvolvido desde março deste ano, por meio do Programa Atividade Curricular de Extensão (PACE), está chegando ao seu final no sábado, 24 de novembro. Por meio dele, alunas extensionistas dos Cursos de Engenharia de Produção e de Química Industrial aplicaram uma oficina de bordado em ponto cruz para as detentas da Unidade Prisional de Itacoatiara.

Com os recursos do projeto provenientes da Pró-Reitoria de Extensão e Interiorização (PROEXTI) foi adquirida uma máquina de costura, toalhas, agulhas, linhas e demais materiais para que as presas pudessem aprender a arte do bordado e com isso contribuir para o desenvolvimento socioeconômico, servindo como uma alternativa para que futuramente conquistem uma renda, além de que, a atividade contribui para redução das penas, ocupando o tempo ocioso das internas.

As extensionistas ensinam técnicas de qualidade e gestão de custos visando aumentar a qualidade das peças, agregando valor a  esse material afim de que possa ser vendido em feiras de artesanato do município. É ainda a oportunidade do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET) ofertar mais uma vez sua contribuição à comunidade por meio deste projeto que envolve a Universidade Federal do Amazonas e a Unidade Penitenciária de Itacoatiara.

No sábado (24), às 9h, na Unidade Prisional, haverá a cerimônia de encerramento do projeto onde serão entregues certificados constando as horas trabalhadas pelas detentas, a fim de que possam, conforme a Lei de Execuções Penais, terem suas penas diminuídas.

Para a aluna de Engenharia de Produção, Jéssica Corrêa, foi um trabalho surpreendente. “Nós as ensinamos a bordar e fomos aperfeiçoando o trabalho delas a cada dia, fico feliz ao ver os trabalhos concluídos e principalmente a diferença que fizemos na vida dessas mulheres”, declarou.

Segundo a professora Alcilene, trata-se de um resgate da cidadania. “É emocionante poder levar formação às detentas, para que elas possam sair do presídio melhores do que entraram. As alunas têm um papel fundamental de monitorar a produção para que as peças tenham o máximo de qualidade possível, elas fazem uso de técnicas de gestão de qualidade total aprendidas em sala de aula e aplicam essa engenharia no processo fabril”, explicou.

 

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