IV Feira do Icomp cria aplicativos para celulares e ajuda alunos a empreender
A IV Exposição de Aplicativos para Dispositivos Móveis, elaborada pelos alunos do curso de Engenharia da Computação da Ufam, apresentarou nesta sexta-feira, 14, uma série de produtos desenvolvidos com a finalidade de organizar a vida de pessoas atarefadas que optaram em resolver as demandas do seu dia a dia por meio do aparelho celular.
Acadêmicos do sétimo e oitavo períodos, além dos finalistas do curso, realizaram o evento na Sala de Seminários, do Instituto de Computação (IComp), sob a orientação do professor Eduardo Souto. Para ele, os projetos são bastantes viáveis para implantação e comercialização.
Um deles, intitulado PPoint, é uma rede social que conectaria pessoas com interesses sociais/comerciais comuns. Por exemplo: quem tem um carro para vender, cadastraria-se e descreveria no site, o bem pretendido a ser negociado. Um interessado, igualmente cadastrado, teria acesso ao perfil do vendedor e entraria em contato com o primeiro através de mensagens, ou mesmo por telefone. Um mapa mostra a localização de quem quer vender e quem quer comprar, na mesma cidade ou bairro de Manaus.
“Você pode ter interesse por qualquer coisa, seja um livro, um carro, um bicho de estimação. A ampliação desse serviço depende de, inicialmente, computadores mais potentes”, avaliou Jefferson Dionísio, mentor do projeto, juntamente com os colegas, Carlos Adrian e André Elias.
Em outro estande, um aplicativo no qual é possível enviar uma foto para outro usuário, foi exposto. Parece algo simples, mas a função dele vem dando muito trabalho para governos de países onde se impõe restrição a veiculação da informação, como no norte da África e no Oriente Médio. “Antes, sem o uso desse aplicativo, qualquer mensagem de texto poderia ser rastreada. Já com a decodificação, em imagem, mensagens podem ser transmitidas sem serem interceptadas”, explicou o professor Eduardo Souto.
Outra forma de controle sobre propriedade é o aplicativo Soyuz, que monitora o veículo através de tecnologia GSM (por mensagens de texto) integrado ao chip do aparelho celular utilizado. “O custo disso é baixo e qualquer um poderá ter”, afirmaram Andrey Bessa, Ramon Brito e Kelly Maciel, do 7º período de Engenharia da Computação.
Também com a utilização de tecnologia GSM, os alunos 8º período do mesmo curso, Higo Albuquerque e Bárbara dos Santos, criaram a empresa virtual “Practice Solutions” (practicesolutions.net) a fim de divulgar o Remote Pantry, uma ferramenta com a função de controlar e administrar a disponibilidade dos itens de uma casa, mesmo a distância.
“Como o código de barras não traz a descrição do produto, nós implantamos dentro de cada, uma tag (identificação) para que um aparelho pudesse contabilizá-lo”, informou Higo.
Para o professor Eduardo Souto, o foco da feira, que é resultado da disciplina Sistemas Distribuídos, ajuda o aluno também a administrar uma empresa, ter controle sobre o processo de criação e gerenciamento, vislumbrando o empreendedorismo. “Neste ano, superamos os ideais do ano passado. No próximo ano, estaremos bem à frente do que apresentamos e do que estará em voga no mercado”, garantiu.