Habilidades de integrantes do Idoso Feliz Participa Sempre são apresentadas no XVII Femap

Plateia do evento, composta por idosos e familiaresPlateia do evento, composta por idosos e familiares

Dança, declamação de poesia, interpretação cênica. A arte impregnada na vida de pessoas com mais de 55 anos de idade. No palco do auditório Luiz Geraldo Pontes Teixeira, na sede da Secretaria Municipal de Educação (Semed), no bairro Nossa Senhora das Graças, um grupo de, aproximadamente, 70 idosos demonstraram o que aprenderam – ou reaprenderam – a fazer durante a execução de diversas atividades do Projeto Idoso Feliz Participa Sempre, da Universidade na 3ª Idade Adulta, pertencente à Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Ufam (Feff).

Em evento que acontece a cada seis meses, a coordenação promoveu a XVII Feira de Motricidade e Arte Popular (FEMAP), que teve, ainda, canto, danças regionais e, claro, muito animação, sorrisos e apoio da família. As apresentações foram submetidas a notas, mas não em uma circunstancia impositiva, mas de referencia, para motivar o grupo a se esmerar nas apresentações, segundo informou a coordenadora do evento, professora Nazaré Mota.

Coord. do Projeto, professora Nazaré MotaCoord. do Projeto, professora Nazaré Mota

“Eles sempre participam bastante, pensam suas roupas de apresentação e, principalmente, ocupam a mente de forma positiva. Antes, eles pensavam nos filhos, depois, nos netos e, agora, têm tempo para se redescobrir fazendo, até mesmo, o que não sabiam que de repente apreciavam”, afirmou a professora.

Uma das primeiras apresentações foi a de dois grupos, vestidos nas cores vermelha e verde. De um lado, os idosos de verde incentivavam os de vermelho a saírem de casa e a deixarem a inanição do sofá. “Se vocês virem ao nosso encontro, vão parar de reclamar de dores no corpo, irão rir da vida e aprender a se gostar mais”, bradavam. O outro grupo, depois do bombardeio de argumentos poderosos, aceitou o convite. “Tudo bem, vamos sair de casa e viver”, garantiu.

Vestidos com acessórios grandes e dourados, cabelos arrumados, saias, blusas curtas alaranjadas longas e barriga à mostra, um grupo de idosas mostrou malemolência e muita coordenação motora com uma dança indiada.  

Outro grupo, falou da importância da disciplina, organização, disposição e boa memória para ter saúde nesta etapa da vida e recebeu aplausos do público.

Dona Darcy de Paula, declamando poesiaDona Darcy de Paula, declamando poesia

Por fim, foi a vez de Darcy de Paula Modesto, de 70 anos, integrante do projeto desde seu início, há 20. Ela declamou uma poesia de autor desconhecido, que explana que a real idade é aquele que se sente ter.

“Não sei quem escreveu o texto, mas ele exprime muito do que já vivi e sinto dessa minha passagem pela Terra. Tenho 70 anos muito bem vividos e acredito, piamente, que todos aqui tiveram suas vidas melhoradas quanto passaram a se ver como atores principais de suas vidas”, argumentou. 

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