Práticas e pesquisas em Psicologia no contexto Amazônico são abordadas em Seminário

A palestra “Contribuições da Psicologia Social em estudos no contexto Amazônico”, proferida pelo professor do Departamento de Psicologia, Marcelo Gustavo Aguilar Calegare, coloca em questão a construção de uma nova epistemologia, a partir da interação entre o conhecimento popular com o cientifico. O evento faz parte da programação do Seminário Práticas e Pesquisa em Psicologia no Amazonas que ocorre somente nesta sexta-feira, 23, no auditório Rio Amazonas, da Faculdade de Ciências Sociais (FES).   

Para o palestrante e coordenador do evento, professor Marcelo Calegare, o  conhecimento é construído de acordo com o contexto histórico. “Então, a partir das inquietações que temos diante da realidade, é possível o desenvolvimento de estratégias e de métodos que deverão dá suporte a melhor forma de atuação do profissional de psicologia”, declara o professor.

Segundo o professor, a Amazônia apresenta uma complexidade para a atuação profissional em que se percebe um verdadeiro enigma a ser desvendado. Nesse sentido, Marcelo Calegare explica que sob o ponto de vista das Ciências Naturais, a Amazônia ainda não é plenamente conhecida, assim como, nas  Ciências Sociais, em que apresenta uma diversidade cultural ainda maior para ser estudada. Esse trânsito de interações que existem entre os grupos sociais deve ser o nosso foco de compreensão, frisa o palestrante.

Marcelo Calegare disse que essa complexidade existente no contexto  Amazônico torna-se um desafio para a Psicologia Social, o qual considera importante o entendimento da dinâmica cultura dos grupos sociais que constitui a região. A partir das demandas emergentes, como por exemplo, a luta pela cidadania plena, se pode refletir a melhor maneira para a atuação, pois devemos conhecer essa formação para que, a partir dai tenhamos um quadro geral de compreensão interligado com as formas de organização do Estado, completa.

Para ele, a Psicologia é uma ciência que, tradicionalmente está voltada para o comportamento individual, pois considera esse pensamento como uma visão estereotipada das pessoas na atualidade. A Psicologia Social diz que o homem é resultado de seu contexto histórico. Ele é construído socialmente. Ele não é igual o que era anteriormente, comenta.

O professor acredita que diante dessa realidade, a Ufam deve estar contextualizada nessa realidade social, entendendo que, os estudos e as produções científicas não devem seguir os mesmos padrões teóricos tradicionais, mas que venham estar conectados a uma nova abordagem da Psicologia Social. Ele aponta para os Grupos de Pesquisa do Programa de Pós-graduação em Psicologia que estão envolvidos em pesquisas direcionadas para essas questões locais, tanto a urbana quanto a rural.

Com a realização do Seminário, o professor entende que as pessoas terão novas abordagens, novos olhares sobre formas de atuação e percepção para novas possibilidades sob o ponto de vista teórico e prático.                    

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