Epistemologia da Educação do Campo é abordada no Seminário Internacional sobre Educação

A palestra `Educação e desafios na Amazônia´, proferida pela diretora da Faculdade de Educação (FACED), professora Arminda Mourão, traz à tona uma Educação diferenciada ao Campo. O evento que faz parte da programação desta quinta-feira, 22, do `III Seminário Internacional Desafios da Orientação Educativa Básica e Superior´, aconteceu no auditório Rio Amazonas (FES).  

         

A professora Arminha Mourão acredita que são muitos os desafios a serem enfrentados na Educação em nossa contemporaneidade, que começa desde a Educação Básica até a Superior. Nesses termos, a professora faz um recorte, destacando a Educação no Campo, como a mais desafiadora, em que deve ser tratada como uma politica inclusiva.

 “A Educação no contexto rural deve ser diferenciada, em razão de ser vista no seu contexto histórico como uma Educação Menor. Então, quando o Movimento dos Sem Terras (MST) deu inicio as questões sobre a luta pela terra, paralelamente, ocorria também à luta por uma Educação do Campo”, declarou Arminda Mourão.

De acordo com a diretora, a partir daí foram elaboradas propostas com  formatos diferenciados tendo como suporte uma epistemologia voltada a realidade rural brasileira, considerando que o homem do campo deve ser incluído nos processos educacionais diferenciado, no qual deve-se respeitar  em seu contexto rural.

A transversalidade epistemológica da Educação no Campo é toda uma discussão apresentada pela professora, que segundo ela, tem a Teoria do Materialismo Histórico Dialético como base de sua reflexão.  A luta pela terra está associada pela luta da Educação, denominada como a “Pedagogia da Alternância” que tem como foco as práticas da pedagogia do trabalho, disse a diretora.

Para a professora, a Pedagogia da Alternância está calcada no cotidiano rural, pois quando houver a necessidade de deslocamento do MST, ou seja, de um lugar para outro, a Escola também se desloca. Esse novo conceito de educar somente pode ser colocado em pratica a partir do conhecimento da realidade e, consequentemente, há uma compreensão da politica e da economia, frisa a professora.

Arminda Mourão explica que quando o aluno estando em sala de aula, necessita realizar trabalhos de plantio em outra localidade é considerado também como um momento pedagógico. Para ela, toda a discussão em torno da Educação do Campo aponta para a questão da Sustentabilidade, no sentido que, o homem do campo sobrevive da própria produção e que possa viver bem  e, simultaneamente  desenvolver politicas que não se restringem somente a Educação, mas que possa atender ao escoamento de sua produção, incentivos agrícolas, dentre outros.       

A participação da comunidade universitária deve ser mais presente não apenas em encontros, mas deve estar presente em programas de pesquisa para que a Ufam possa contribuir ainda mais com uma Educação mais engajada para que conduza mudanças no processo educacional em nosso Estado e em nosso País, finaliza Arminda Mourão.

                

           

   

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