Marcelo Gleiser ministra palestra inédita na UFAM e atrai público de mais de 800 pessoas
A UFAM recebeu um dos cientistas brasileiros de maior renome na área da Astronomia e da Física. Marcelo Gleiser proferiu a palestra “Ciência e Sociedade”, inédita em Manaus, numa parceria com a Secretaria do Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas – SECTI AM. O evento faz parte das comemorações dos 10 anos da FAPEAM e foi realizada no Eulálio Chaves nesta segunda-feira (15).
Marcelo Gleiser é professor na Dartmouth College nos EUA, além de colunista do jornal Folha de S. Paulo e vencedor do Prêmio Jabuti em 1998 e 2002. Na palestra proferida, abordou desde as características das estrelas e galáxias até hipóteses sobre a vida em outros planetas e contou com um público de mais de 800 pessoas.
Apesar da aparente complexidade do assunto, o público, composto por professores e alunos da UFAM e de outras instituições, manteve-se atento ao discurso do renomado cientista. “Foi realmente bem interessante. O professor explicou os conceitos básicos da astronomia de forma que mesmo aqueles que nunca tiveram contato com essa área poderiam entender bem. Sem dúvida ajudou a desmistificar um pouco a pesquisa científica”, comentou o estudante Carlos Peres.
Gleiser ressaltou também a importância da região para a ciência. “A Amazônia é uma preciosidade do planeta, principalmente pela riqueza e biodiversidade. É um laboratório de vida que precisa ser estudado com muito carinho para que saibamos preservá-la da melhor maneira possível”, afirmou.
Conhecido principalmente por seu papel expressivo na divulgação da ciência, o cientista atraiu até mesmo pessoas que ainda não atuam na área. Esse é o caso de João Victor Pereira, de 11 anos, que conheceu o trabalho de Gleiser e desde então é um entusiasta da ciência. “Para mim, encontrá-lo na UFAM é uma oportunidade única e ficar em casa não era uma opção. Eu tinha de vir e conhecer o Marcelo Gleiser. Sou fã dele desde o início desse ano quando comecei a ler o livro A Dança do Universo”, comentou.

Após responder perguntas do público, o professor finalizou destacando a importância da divulgação científica no Brasil: “Nos EUA, onde moro, tem muita gente que faz o que eu faço. Aqui não. Isso me deixa feliz, porque eu sinto que tenho um papel importante na divulgação de ciência pelo país. É ótimo porque percebo que isso tem incentivado outros a fazerem o mesmo”, finalizou.