Produção científica da Ufam contribui para desempenho de destaque do Amazonas no Índice Fiec de Inovação dos Estados
Amazonas está entre os 10 primeiros colocados no ranking nacional, sendo o 1º da Região Norte.
A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) destaca as contribuições da instituição para o desempenho de destaque do Amazonas no Índice Fiec de Inovação dos Estados. Elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), o ranking é voltado a mensurar aspectos multidimensionais do processo de inovação nos Estados brasileiros.
Produção científica amazonense em destaque
O economista da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, Antônio Martins, comenta os destaques do Amazonas relacionados às universidades. “Contamos com a contribuição das universidades brasileiras em quatro variáveis e o grande destaque do Amazonas que tem relação com as Universidades é quanto ao critério das publicações científicas. O Amazonas ficou na 5ª posição ao publicar 37 artigos científicos para cada 100 mil habitantes. Outro aspecto em que o Amazonas teve destaque e que está correlacionado à Universidade é quanto à qualidade da pós-graduação, no qual o Amazonas obteve a 13ª posição”.
Ufam
O reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, comemora as contribuições da Universidade para o resultado. “A agregação de esforços da graduação, com estágios; da pesquisa e pós-graduação com a produção de dissertações e teses voltadas a soluções de problemas do setor secundário; dos projetos de extensão e dos projetos de Inovação tecnológica colaboram para que o Amazonas ocupe essa posição de destaque no índice Fiec”, declarou o gestor.
Investimentos
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Selma Baçal, atribui destaque do Amazonas aos investimentos em pesquisa realizados pela Ufam. “A Ufam apresentou, até esse mês, 3.221 publicações com citações de impacto que a colocam entre as 10 melhores da Região Norte. Esse perfil de deve ao incentivo desde a Iniciação Científica ao Doutorado. Desde julho de 2017, apoiamos 560 bolsas de IC; realizamos apoio à Publicação Científica em periódicos qualificados; criamos 3 novos cursos de Doutorado, em Engenharia Elétrica, que faz interface direta com o PIM e em História e Geografia, que são destaque nas humanidades, além de estarmos fortalecendo a PG com a aplicação do PACPG- Programa de Apoio à Consolidação e ao Avanço da Qualidade da PG/UFAM”, elencou a gestora.
Sobre o Índice Fiec de Inovação nos Estados
O Índice FIEC de Inovação dos Estados é dividido nas áreas Capacidades e Resultados, as quais avaliam tanto o ecossistema de inovação quanto a inovação em si. Capital Humano, Investimento Público em Ciência e Tecnologia e a Inserção de Mestres e Doutores na Indústria estão entre os aspectos avaliados na área de Capacidades. Entre os indicadores da área de Resultados estão Produção Científica, Competitividade Global em Setores Tecnológicos e Intensidade Tecnológica da Estrutura Produtiva.
Calouros de Medicina participam de atividade prática em Ação Social e de Saúde no Santo Agostinho
O evento foi realizado em parceria com a Igreja Católica do bairro e com o apoio da Secretária Municipal de Saúde (Semsa), os Laboratórios Sabin e do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam). A participação dos estudantes é uma das atividades práticas da disciplina Saúde Coletiva I, ministrada pela professora Cecília Freitas. “Nós organizamos essa ação para inserir os alunos e tê-los em contato com a comunidade”, informou a professora sobre os 57 alunos do 1º período, subdivididos em dois grupos e horários, para auxiliarem na organização das atividades oferecidas.
“A formação acadêmica é um processo de construção que se dá teorizando e praticando. Esta é uma oportunidade de prática, de inserção na realidade social. Segundo as diretrizes curriculares dos cursos de Medicina, desde o início do curso o aluno já deve manter contato, já deve ser inserido nas comunidades, nas unidades de saúde, para ir acompanhando um pouco as questões sociais e também os serviços de saúde pública, conhecer o SUS [Sistema Único de Saúde], como ele funciona, quais suas demandas”, explicou a coordenadora. “É esperado que eles consigam observar as principais demandas do processo de adoecimento, para atuarem na prevenção delas e na promoção de saúde, como em ações com esta”, expôs.
João Fleming, 18 anos, é um dos estudantes envolvidos na programação. Para ele, participar de uma atividade assim é interessante, pois permite aprender fora do ambiente acadêmico, além de proporcionar o contato mais próximo com as pessoas, os futuros pacientes. “Essa participação é muito importante, visto que essas comunidades não têm muito acesso aos serviços de saúde. Então, esse contato é extremamente importante para que nós, alunos, futuros médicos, possamos ter noção do que exatamente é promover saúde, que vai muito além de passar uma receita para uma pessoa. Devemos atuar na prevenção, passar conhecimentos para a população”, relatou João.
Disponibilizando também atividades voltadas para a prevenção a doenças, como palestras e a imunização, a Ação Social e de Saúde possibilitou aos estudantes verificar como iniciativas simples podem contribuir para a melhoria da saúde das pessoas. “O trabalho médico não se limita à atuação no ambiente hospitalar. A prevenção é tão ou mais importante que o trabalho clínico porque minimizamos a necessidade justamente do atendimento clínico, com a melhora a qualidade de vida da população no ambiente externo”, comentou o estudante. “Aprendemos muito com essa experiência”, contou.
Ângela Veras, 18 anos, também participou da Ação, e destacou o papel humanitário e cidadão dos profissionais de saúde dedicados a atividades como a da Escola Agnelo Bittencourt. “Esse é um tipo de ação que realmente mexe conosco. A gente se coloca do lugar do próximo, não fica só como médico e paciente, cria uma conexão com as pessoas. E isso na minha futura profissão é muito importante porque eu não posso tratar as pessoas como objeto, mas como ser humano”, disse. Sobre a “aula prática”, ela é taxativa: “Assim, a gente pode sair da nossa realidade, de faculdade, e ver que tratamos de pessoas, não só de uma doença. A gente tem de cuidar da pessoa, entender que ela está doente por um motivo que pode ser social, psicológico, e, assim, vemos a situação dessa pessoa e tratamos o todo, a situação de vida dela”, ressaltou.
Dona Maria Alcinta Assis, 70, é aposentada e compareceu à escola do seu bairro para receber alguns atendimentos. Segundo ela, a iniciativa é positiva por oferecer comodidade e rapidez na obtenção dos serviços. “Eu acho muito importante e necessário esse tipo de ação, porque em muitos postos a pessoa vai de madrugada e não consegue ficha. Eu cheguei aqui às 8h, já fiz o teste de glicemia, fui no ‘departamento’ jurídico e agora vou fazer os testes de hepatites e outros que tem aqui, então, uma ação como essa é muito boa. Vou sair daqui muito feliz por ter conseguido fazer tudo isso. Uma manhã de sábado muito produtiva, maravilhosa”, declarou.
Seu Erivan Evangelista tem 55 anos e é motorista. Ele também aproveitou a praticidade dos serviços para atualizar o cartão de vacinação. “É muito importante a gente ter essa facilidade de acesso a um serviço essencial, assim tão próximo de casa. Dá pra gente fazer tudo com tranquilidade e rapidinho. Vim aqui me vacinar primeiro para cuidar da minha saúde e também pra aproveitar o serviço. Tomei contra hepatite B e febre amarela. Como eu trabalho em área de mata, é bom prevenir”, afirmou.
A médica Karina Cadique, formada pela Ufam em 2001, abriu mão de uma manhã de folga para realizar o atendimento clínico às pessoas da comunidade. “Eu sei que tem muita gente que trabalha durante a semana e só tem folga no sábado, gente que precisa do atendimento, mas o posto está fechado. Por isso, eu aceitei o convite. É gratificante”, conta ela.
Sobre a colaboração dos novos alunos de Medicina da Ufam na atividade, a profissional avaliar de forma positiva essa aproximação entre teria e prática e entre médico e população. “A graduação já melhorou muito em relação a esse contato com o público. Na minha época, a gente não tinha tanto contato não. Isso é importante porque, às vezes, a gente sai da faculdade com a ideia distorcida da realidade. Muitos nem sabem o que é atender a população, quer dizer, não sabem a importância de fazer Medicina de família, as áreas básicas da Medicina, pediatria, porque essa é população que precisa da nossa ajuda. Por isso, que é importante para eles [os estudantes] participarem disso que é para verem o quão interessante e bonito é a atenção primaria”, comentou.
Nota oficial do Conselho Universitário
Nota oficial do Conselho Universitário
Este Egrégio Conselho Superior da Universidade Federal do Amazonas, reunido nos dias 23 e 24 de maio de 2019, vem manifestar-se contra as últimas medidas do governo federal: o bloqueio orçamentário e os Decretos 9794/2019, 9725/2019 e 9739/2019. Tais ataques afrontam os preceitos constitucionais previstos nos art. 37 e 207 da Constituição Federal ao atacar a autonomia didático-cientifica, administrativa e financeira necessária para que as Instituições Federais de Ensino cumpram seu papel com a sociedade brasileira, sobretudo as Universidades que compõem a Região Amazônica, na construção de uma Educação Pública, Gratuita e de Qualidade Social. Por oportuno, este conselho se manifesta contrário à tentativa de inviabilizar os recursos para as áreas de Filosofia e Sociologia, querendo orientar a academia e a sociedade brasileira a uma lógica utilitarista equivocada que empobrece a formação profissional e o debate crítico.
PLENÁRIO DOS CONSELHOS SUPERIORES DA UFAM “ABRAHAM MOYSÉS COHEN”, em Manaus, 24 de maio de 2019.
Sylvio Mário Puga Ferreira
Presidente