Por Sebastião de Oliveira

O Seminário de Pesquisa 'Perspectivas amazônicas sobre merenda escolar no Peru: um estudo comparativo nas comunidades Maijuna (Tukano Ocidentais) e Napuruna (Kichwa do Rio Napo)' inaugura o ciclo de palestras promovido pelo Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena (NEAI), nesta terça-feira, 31, às 14h, na sala 12 da Faculdade de Direito, Setor Norte do Campus Universitário.

O Seminário de Pesquisa contará com a presença do pesquisadora da École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris/FR), Emmuelle Ricaud, que proferirá sobre o tema. De acordo com a pesquisadora, desde os anos noventa, o acesso a novos produtos tem se intensificado e se tornado sistemático, por meio de programas sociais.

No Peru, todas as comunidades indígenas da Amazônia recebem alimentos industriais para preparar refeições escolares, uma vez que, foram designadas para um status extremamente pobre em 2014.

Neste contexto, será concentrado as seguintes questões: O que as pessoas pensam sobre a comida distribuída? Que diferenças eles enfatizam com seu sistema alimentar local? De quais critérios e valores? 

A pesquisa foi realizada em dois grupos indígenas da Amazônia: Maijuna (Tukano Ocidentais) e Napuruna (Kichwa do rio Napo), que vivem próximas umas das outras e apresentam diferentes sistemas alimentares. 

Sobre o NEAI

O Núcleo congrega pesquisadores, professores e estudantes de diferentes áreas do conhecimento, que se dedicam ao estudo e pesquisas sobre temas e problemas relacionados aos povos e comunidades tradicionais. Os resultados de suas atividades objetivam contribuir para o fortalecimento da pesquisa em Etnologia na Ufam e subsidiar atividades de ensino, extensão e intervenção. Acesse a página e conheça o trabalho do grupo de pesquisa.

O NEAI desenvolve suas ações através de pesquisas coletivas e individuais, projetos de extensão, encontros, palestras, seminários, seções de estudo e cursos de curta duração. De modo especial, o Núcleo conta com a participação de estudantes indígenas interessados na reflexividade sobre seus modos de vida e de suas cosmopolíticas, contribuindo para a sistematização desses conhecimentos e a elaboração de teorias nativas expressas na publicação de textos monográficos e artigos científicos.