Violência contra mulheres no contexto de Belo Monte é tratada em tese defendida nesta sexta, 27

 
Por Sebastião de Oliveira 
Equipe Ascom

A docente do curso de Serviço Social do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia da Universidade Federal do Amazonas (ICSEZ-Ufam/Parintins), professora Milena Barroso, defende nesta sexta-feira, 27, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a tese intitulada “O começo do fim do mundo: violência estrutural contra as mulheres no contexto da Hidrelétrica de Belo Monte”.

A pesquisa realizada ao longo de quatro anos teve a região amazônica como espaço central de análise e, mais especificamente, a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, localizada na cidade de Altamira (PA), escolhida como local para a maioria das análises. A hidrelétrica teve aporte financeiro do Governo federal da ordem de 35 bilhões de reais, montante investido na construção da Belo Monte, que é considerada a terceira maior hidrelétrica do mundo.

Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realizada em 2017, Altamira é proporcionalmente a cidade mais violenta do Brasil, principalmente no que se refere à intensidade e à diversidade dos tipos de violência contra as mulheres residentes daquela região.

Violência estrutural

A professora Milena Barroso afirma: “os grandes projetos na Amazônia acabaram por produzir, desde os anos 1960, com ascensão da Ditadura Civil-Militar no Brasil, uma série ações que resultaram em “violências” para inúmeras camadas da população brasileira; e as mulheres têm sido, desde então, o segmento mais atingido nesse processo”.

A autora revela ainda que a “violência estrutural contra as mulheres é demarcada, sobretudo, por uma relação profunda entre o patriarcado, o racismo e o capitalismo". A pesquisa foi realizada com o apoio da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

 

 

 

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