Lançamento da obra “Brincando de Onça e de Cutia entre os Sateré-Mawé” ocorre segunda-feira, 14, na PUC-SP
De autoria do professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Renan Albuquerque, o livro Brincando de onça e de cutia entre os Sateré-Mawé será lançado na segunda-feira, 14 de agosto, às 14h, no auditório 100-A da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A obra foi escrita em conjunto com a professora de Antropologia da PUC, Carmen Junqueira, e está disponível em anexo.
O livro trata da brincadeira da onça e da cutia, um tipo de jogo infantil específico dos Sateré-Mawé, etnia indígena habitante do Amazonas que possui hierarquias sociais embasadas em clãs consanguíneos e, em certa medida, arquirrivais.
“Cada clã é denominado por um bicho e tem uma formação de vida a partir da infância, com os jogos infantis. Então, para entender a sociocultura deles, era necessário estudar desde as brincadeiras, como a da onça e da cutia, em que os dois clãs dialogam entre si numa disputa entre arquirrivais e, a partir daí, formam sua posição social hierárquica concomitante aos aprendizados da infância”, explica Renan.
A convivência etnográfica durante nove anos com os Sateré-Mawé de Andirá-Marau, em Parintins (AM), levou o docente da Ufam a compor a obra em parceria com a professora Carmen, a quem descreve como “uma das maiores antropólogas xinguanas [relativo aos povos do Xingu] viva”.
Aula-debate
No dia do lançamento, Carmen Junqueira fará aula-debate com seus alunos acerca da obra, sob mediação de Renan e Michel Justamand, também professor da Ufam e prefaciador do livro. Brincando de onça e de cutia entre os Sateré-Mawé também estará disponível em PDF, gratuitamente, no site do Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC (PEPGCSO).
Sobre os autores
Renan Albuquerque é docente do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (Icsez) da Ufam. É professor do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA/Ufam) e colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM/Ufam) e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI/Ufam, além de liderar o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ambientes Amazônicos (Nepam/Icsez). Entre suas obras, estão A desconstrução da informação, Sofrimento mental de indígenas na Amazônia e Comunidades indígenas urbanas: a educação escolar em Y'apyrehyt.
Carmen Junqueira é professora titular do Departamento de Antropologia da PUC-SP desde 1979 e recebeu o título de professora emérita desta universidade em 2002. Dedica-se à defesa dos povos indígenas e a numerosos projetos de pesquisa e cooperação com povos da Amazônia e de São Paulo, com destaque para os Kamaiurá do Alto Xingu e os Cinta Larga de Mato Grosso. Faz parte do Núcleo de Estudos de Etnologia Indígena, Meio Ambiente e Populações Tradicionais (Nema). Entre suas obras, estão Os índios de Ipavu e Sexo e Desigualdade.