Iauretê, Cachoeira das Onças (2006)O Núcleo de Antropologia Visual (Navi/Ufam) volta a realizar sua programação nesta quinta-feira (07), agora no horário das 12h30 às 14h, exibindo dois documentários realizados por Vincent Carelli, do Projeto Vídeo nas Aldeias. São eles:A Arca dos Zo´É (1993, 22 min.) e Iauaretê, Cachoeira das Onças (2006, 48 min.). Os documentários serão exibidos no Auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), setor norte do Campus Universitário.

Sobre o Projeto e os documentários

O Projeto Vídeo nas Aldeias, criado em 1987 por Vincent Carelli e Dominique Gallois, é um projeto precursor na área de produção audiovisual indígena no Brasil. Tem como objetivo, desde o início, apoiar as lutas dos povos indígenas para fortalecer suas identidades e seus patrimônios territoriais e culturais, por meio de recursos audiovisuais e de uma produção compartilhada com os povos indígenas com os quais o Projeto trabalha.

A Arca dos Zo’é trata dos índios Waiãpi, que conheceram os Zo’é através de imagens em vídeo, e decidem ir ao encontro destes índios recém contactados no norte do Pará e documentá-los. Os Zo’é proporcionam aos visitantes o reencontro com o modo de vida e os conhecimentos dos seus ancestrais. Os Waiãpi, em troca, informam os Zo’é sobre os perigos do mundo branco que se aproxima, e que os isolados estão ansiosos por conhecer.

O documentário ganhou os seguintes prêmios: Sol de Ouro (Primeiro Prêmio) no 9° Rio Cine Festival, Rio de Janeiro,1993; JVC President’s Award, 16 Tokyo Video Festival, Tóquio, Japão, 1993; Prêmio Curta Metragem, 16 Festival International de Films Ethnographiques et Sociologiques Cinéma Du Réel, Centre George Pompidou, Paris, França, 1994;  Prêmio de Melhor Vídeo, II Mostra Nacional de Cinema e Vídeo de Cuiabá, 1994.

Iauretê, Cachoeira das Onças é um relato mítico ilustrado nas pedras de uma cachoeira, a reconstrução de uma grande maloca, a tentativa de reaver objetos há anos guardados em um museu de Manaus. Em "Iauaretê, Cachoeira das onças" os índios Tariano, do noroeste da Amazônia, após décadas de catequese missionária, resolvem fazer um registro cultural dirigido às futuras gerações.

Prêmios: Anaconda de melhor documentário (2006, Bolívia); Prêmio Especial do Juri, Tulane Latino Environmental Media Festival, New Orleans, USA, 2007; Prêmio do Júri Popular, 4º Festival Internacional de Cinema dos Direitos Humanos de Sucre, Bolívia, 2008.