Navi/Ufam divulga programações de filmes para março
Documentários fazem parte da Mostra `Cruzando Olhares´, e serão exibidos no período de 03 a 31 de março
O Núcleo de Antropologia Visual da Ufam (Navi/Ufam) retoma no mês de março as sessões semanais de filmes de seu acervo, com debates ao final de cada exibição. Durante o mês serão apresentados documentários da Mostra `Cruzando Olhares´, que tratam de figuras/personagens, povos, captados por realizadores que observaram a Amazônia com olhares mais abertos, buscando estabelecer diálogo entre culturas.
Na próxima quinta-feira (03), será exibido o documentário “Ermanno Stradelli, O Filho da Cobra Grande” (2013, 52 min.) do diretor italiano Andréa Palladino.
No dia 10 de março, será vez dos filmes sobre os povos do Rio Negro e a Missão dos Salesianos: “A Civilização Indígena do Uaupés” ( 1950, 46 min.), e “Casimiro” (2009, 30 min.), dos realizadores Fernanda Bizarria e Erlan Souza, sobre a figura do padre salesiano Casimiro Beskta, falecido em 2015.
Já no dia 24 será exibido o documentário “No Meio do Rio, entre as Árvores” (2009, 73min.), de Jorge Bodanzky. E por último, dia 31 de março, “A Arca dos Zo’é” (1993, 22 min.) e “Iauaretê, Cachoeira das Onças” (2006, 48 min.), ambos de Vincent Carelli – Vídeo nas Aldeias.
As sessões irão acontecer todas às quintas-feiras, no horário das 14h às 16h, no auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (Ichl), setor norte do Campus da Ufam, senador Arthur Virgílio Filho.
Sobre o primeiro documentário
Ermanno Stradelli, O Filho da Cobra Grande (Brasil/Itália, 52 min, 2013).
Direção, roteiro e fotografia: Andrea Palladino.
Produção executiva: Astrid Lima.
Elenco: Paulo de Tarso “Mamulengo” e Daiana da Silva Neto.
Textos de Stradelli, Andréa Palladino e Astrid Lima.
Pesquisa iconográfica: Vera Lucia Ferreira.
Depoimentos: José Ribamar Bessa, Antonio José Loureiro, padre Casimiro Beskta.
Apresentação e coordenação de debates: professora Selda Vale, coordenadora do Navi.
Resumo do diretor: Stradelli nasceu num castelo, na Itália, em 8 de dezembro de 1852. Era conde, jovem, rico, aventureiro, viajou para o Amazonas, em 1879, e aqui viveu mais de 43 anos. Com recursos próprios, percorreu florestas, rios e igarapés, aprendeu a falar o nheengatu e se apaixonou pelas histórias que os índios contavam. Coletou e registrou mitos, principalmente o de Jurupari. No final, contraiu lepra. Com o corpo deformado pelas chagas, foi enxotado de hotéis, de pensões e até mesmo de hospitais. Morreu solitário e pobre, na periferia de Manaus, num casebre improvisado em leprosário (Umirizal) em 24 de março de 1926. (Ribamar Bessa).