Nheengatu: dissertação defendida na USP é avaliada por professor da Ufam em videoconferência

Auxiliomar Silva Ugarte, professor do Departamento de História da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), será avaliador externo da defesa da dissertação intitulada “Estudo e prática da tradução da obra infantil ‘A terra dos meninos pelados’, de Graciliano Ramos, do português para o nheengatu”.

A pesquisa, de autoria do mestrando do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade de São Paulo (PPG/USP), Marcel Twardowsky Ávila, será exibida por meio de videoconferência no dia 11 de março de 2016, às 14h (horário de Manaus). Auxiliomar Ugarte acompanhará a defesa e apresentará as considerações de uma sala localizada no Centro de Educação a Distância da Ufam (CED).

 

Temática

“O trabalho trata da historicidade do nheengatu na Amazônia a partir da produção narrativa e historiográfica nessa língua, além de realizar uma abordagem linguística da tradução proposta”, explica o docente avaliador, que teve contato empírico com a língua através de familiares. “Meu pai é fluente nessa língua, que pode ser traduzida como língua ou fala boa”, explica Ugarte.

Na região, os estudos sobre o nheengatu estão iniciando, mas o professor lembra que o orientador da pesquisa, professor Eduardo Navarro (USP), é um experiente “tupinólogo”, ou seja, um especialista em língua e cultura Tupi.

Após as considerações da banca, a proposta é de que a tradução realizada pelo mestrando seja usada na alfabetização em comunidades em que existe alfabetização no nheengatu como língua materna. “No alto Rio Negro, a estimativa superficial é de que haja mais de 20 mil falantes dessa língua, como os municípios de Barcelos, Santa Isabel Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira, além de algumas cidades localizadas na região metropolitana de Manaus, onde também há comunidades de falantes do nheengatu”, aponta o professor.

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