Região Norte, com maior rebanho de búfalos do País, recebe XI Encontro Brasileiro em outubro

 

Amazonas é o terceiro em criação de búfalos do País e a região Norte é a maior em rebanhos. A bubalinocultura é destaque nas cidades de Autazes, Itacoatiara e Parintins. Pela primeira vez em Manaus, o XI Encontro Brasileiro de Bubalinocultores reunirá pesquisadores brasileiros e estrangeiros, criadores e estudantes de Zootecnia, Veterinária e Agronomia para discutir perspectivas e desafios do segmento de 7 a 9 de outubro, no Tropical Manaus Ecoresort.

As inscrições estão abertas e podem ser solicitadas à Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos (ABCB) pelos telefones (0xx11) 3673-4455/4905, pelo email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou pelo skype: abcbufalo (responsável: Marlene).

O evento será composto por palestras sobre produtividade dos rebanhos, manejo de pastagens, nutrição e qualidade dos derivados, além de rodadas de agronegócio. “Um curso teórico-prático sobre produção de queijo, ministrado por Angelo Citro e com duração de três dias, será uma oportunidade para que os criadores daqui conheçam técnicas para aprimorar a qualidade do seu queijo”, destaca o docente do curso de Zootecnia da UFAM e coordenador do evento, professor Fábio Jacobs.

A bovinocultura é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro no cenário mundial, segundo dados do Ministério da Agricultura (Mapa). O Brasil é dono do segundo maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 200 milhões de cabeças. O rebanho brasileiro chega é estimado em 1,15 milhão de bubalinos, sendo a região Norte, com 720 mil animais, a maior produtora do País, seguida por Nordeste e Sudeste, com 135 e 104 mil, respectivamente.

O evento é promovido pela Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (ABCB) e realizado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e pela Associação de Criadores de Búfalos do Amazonas (ACBA). Tem a parceria da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA). Com foco no aprimoramento técnico-científico de criação, manejo prático, melhoramento genético da espécie e novas perspectivas de negócios em nível nacional, os organizadores buscam fortalecer o setor no País, em especial, no Amazonas.

 

Destaques

O coordenador salienta a importância da troca de experiências exitosas, como o ‘Projeto Pecuária Verde’, sobre pasto sustentável, apresentado por Mauro Lúcio, de Paragominas/PA. A produção de carne e leite de búfalo e o comércio mundial de seus derivados também serão discutidos no encontro, em palestras ministradas pelo pesquisador Alberto de Gusmão Couto, da Fazenda Castanha Grande (São Luiz do Quitunde/AL), e pelo secretário geral da ONU para Alimentos e Agricultura (FAO), professor Antonio Borghese. Qualidade do leite, logística e fatores que aumentam o rendimento são assuntos tratados pelo representante da Queijaria Suíça de Nova Friburgo.

A respeito dos melhoramentos genéticos no segmento, serão debatidos temas como: ‘Aplicação de biotecnologias para o crescimento sustentável da Bubalinocultura’, em palestra ministrada pelo professor Pietro Sampaio Baruseli (USP/São Paulo); e ‘Desafios da Bubalinocultura na Índia’, tema debatido pelo doutor Inderjeet Singh. “Será discutido o problema da consanguinidade do nosso rebanho, pequeno em relação ao bovino, que chega a 200 milhões de cabeças. O Brasil só pode importar sêmen da Itália; da Índia os produtores importam apenas embriões por conta de acordos entre os países, mas esse comércio é mais caro. Isso reduz a produtividade”, esclarece o professor Fábio Jacobs. O ideal, segundo ele, seria discutir a fundo a viabilidade da importação de sêmen da Índia.

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