CAUA exibe “Ilha das Flores” na mostra "Lixo: Vida em Questão" nesta quinta (30)
O premiadíssimo curta-metragem “Ilha das Flores”, do diretor Jorge Furtado, é a atração da mostra “Lixo: Vida em Questão”, desta quinta (30). O filme está em cartaz no Centro de Artes da UFAM (CAUA) e a exibição será às 19h, com entrada franca.
Dentre os prêmios agraciados pelo curta-metragem está o de melhor filme no Festival de Grama e Urso de Prata, de Berlim.
Além da exibição, o evento terá as participações do sociólogo Renan Freitas Pinto e de Elizeu Moreira, um estudioso sobre fenômeno dos resíduos sólidos, os quais esclarecerão os principais pontos levantados pelo filme e, também, da atual situação do lixo em nossa cidade.
Outro participante é o maestro e compositor e, atual diretor do CAUA, Adelson Santos, que vai apresentar três números musicais relacionados com o tema da mostra.
O CAUA está situado na Rua Monsenhor Coutinho, 724, o evento começa às 19h e a entrada é gratuita.
O filme:
Consumo. Desperdício. Lixo. Degradação. Essas são algumas das ações em movimento que o "Ilha das Flores", para além dos substantivos, revela como uma das maneiras do sistema capitalista gerar as desigualdades sociais. O curta-metragem acompanha a colheita, a compra e o descarte de um tomate, que vai parar na ilha, junto com outros alimentos que foram descartados por milhares de pessoas na cidade. Este lixo é depositado num terreno de propriedade de criadores de porcos. Assim que o lixo é descarregado dos caminhões, os empregados separam primeiro parte para os porcos e, somente, o que sobra para o consumo humano... Ilha das Flores não é um lugar onde existem flores. É, na verdade, um lugar para o depósito de lixo! Resta saber se concordamos em incluir o homem como lixo ou material reciclável. Agente ou vítima ou, ainda, como diria o filósofo Thomas Hobbes “O homem é o lobo do homem”.
A mostra “Lixo: vida em questão” (2014)
Trata-se da exibição de um conjunto de quatro filmes que fazem abordagens sobre o meio ambiente e a vida das pessoas, todos tendo como pano de fundo os chamados resíduos sólidos (lixo) das grandes metrópoles. A realização é do Museu Amazônico da Universidade Federal do Amazonas, UFAM, por meio do projeto Cine Museu Amazônico, com o apoio do CAUA, Editora da Ufam (EDUA) e da Tribo Cia. de Teatro.