Filme Lixo Extraordinário e Antônio Pereira abrem mostra `Lixo: vida em questão´ nesta quinta-feira, 16, no Caua

A mostra`Lixo em questão´ é um conjunto de quatro filmes que fazem abordagens sobre o meio ambiente e a vida das pessoas, escolhidos pela curadoria do sociólogo Renan Freitas Pinto, do ator e produtor cultural James Araújo e pela designer Verônica Gomes, todos tendo como pano de fundo os chamados resíduos sólidos das grandes metrópoles. A realização é do Museu Amazônico, por meio do projeto Cine Museu Amazônico, com o apoio do Centro de Artes da Universidade Federal do Amazonas (Caua), Editora da Universidade Federal do Amazonas (Edua) e da Tribo Cia. de Teatro. A exibição ocorrerá nesta quinta-feira, 16, às 19h, no Caua, localizado na Rua Monsenhor Coutinho, 724, Centro, com entrada franca.

  

A obra cinematográfica de abertura da mostra é o premiadíssimo LIXO EXTRAORDINÁRIO, da diretora Lucy Walker, que narra a visão humanista e criativa do artista plástico brasileiro Vik Muniz em relação aos resíduos sólidos e a um grupo de catadores de materiais recicláveis, tendo como cenário aquele que fora considerado o maior aterro sanitário do mundo: o lixão Jardim Gramacho, localizado na cidade de Duque de Caxias no Rio de Janeiro. Provocativo, o filme retrata, também, a forma de como o lixo estava sendo despejado. Além, das razões e visões das pessoas que labutavam com a realidade do lixo e, sobretudo, o modo criativo encontrado pelo artista e os catadores de materiais recicláveis para que esses mesmos materiais recicláveis se transformassem em obra de arte e pudesse ser expostos na mais prestigiada casa de leilões de Londres e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

A abertura do evento contará com a participação especial do cantador e violeiro Antonio Pereira, que fará alguns números musicais relacionados com o tema da mostra. O artista é compositor, intérprete e pessoa ligada às causas de defesa do meio ambiente. Na oportunidade serão sorteados livros que têm relação com o tema e CDs do cantor.

Para os curadores e mentores do evento e da diretora do Museu Amazônico da Ufam, antropóloga Maria Helena Matos, a mostra ocorre num momento oportuno, no qual novas lideranças do quadro político local e nacional vão ocupar instâncias de decisões, espaços nos quais podem colocar questões relacionadas com o meio ambiente na pauta das políticas públicas, inclusive criando projeto de Lei que tornem a Educação Ambiental, como disciplina obrigatória nos cursos de 1º e 2º Graus.

James Araújo ressalta que as questões que têm a ver com o meio ambiente são inúmeras: saneamento básico e coleta seletiva, que continuam morosas em nosso estado, o garimpo ilegal, que afeta consideravelmente as cabeceiras e mananciais de nossos rios, as queimadas e desmatamentos desenfreados das florestas, a poluição massiva oriunda das grandes indústrias, dentre outras.

A questão do lixo, tecnicamente chamado de resíduos sólidos, em nosso Estado e nas grandes metrópoles é apenas um dos inúmeros elementos e modos de se relacionar com o meio ambiente e que inadvertidamente e/ou intencionalmente continuam a agredir e violentar a natureza, comenta o produtor cultural.

Ele relata que essas ações contribui decisivamente para o fenômeno do aquecimento global, já presente no nosso cotidiano, colocando a vida em nosso planeta, qualquer que seja a forma, num perigo extremo.  Para Verônica Gomes, com a realização da mostra será possível gerar discussões em torno dos conteúdos e questões levantadas pelas obras cinematográficas, como também avivar as discussões sobre os lixões e suas conseqüências sobre o meio ambiente e a vida das pessoas. Isso já valeu a iniciativa, frisa a designer.

A programação da mostra segue com as exibições de outros três filmes: ILHA DAS FLORES, do diretor Jorge Furtado, que será exibido no dia 30 de outubro e contará as presenças do sociólogo Renan Freitas Pinto e Elizeu Moreira, estudioso sobre o temas ligados aos resíduos sólidos, ESTAMIRA, dirigido por Marcos Prado, que tem sua exibição no dia 13 de novembro e contará com a presença do cineasta, ativista e psicanalista Rogelio Casado e finalizando, a película ATERRO, do diretor Marcelo Reis, que será exibido no dia 27 de novembro, que contará com a presença do, também, estudioso em resíduos sólidos, José Paulino Junior.

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Anexos:
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