Análise do Meio Ambiente é tema do Cine &Vídeo Tarumã em 2, 4 e 6 de junho

5 de maio é simbolicamente o dia em que se deve refletir sobre os danos que o homem provoca ao meio ambiente mundial, com sérios resultados  a sua própria sobrevivência. Esse é o dia que a ONU criou para tratar de assuntos ambientais. 113 países, além de 250 organizações não governamentais, aprovaram, em 1972, a pauta principal que abordava a degradação que o homem tem causado ao meio ambiente e os riscos para sua sobrevivência, de tal modo que a diversidade biológica deveria ser preservada acima de qualquer possibilidade.

Dois anos depois, o Brasil iniciava um trabalho de preservação ambiental, mas sem uma política efetiva, a ação não prosperou. Imbuído da intenção de valorizar o tema, o Cine & Vídeo Tarumã programou para a próxima semana a exibição de filmes que levantam algumas preocupações e problemas com atos que o Homem está praticando sem medir as consequências para a sua própria existência. São filmes que abordam questões específicas (como é o caso de A Enseada, documentário premiado com o Oscar/10) ou gerais (O Veneno Está na Mesa e A Era da Estupidez) sobre essa ação desastrosa ao meio ambiente.

Na segunda-feira, dia 02 de junho, o filme exibido é A Enseada, de Louie Psihoyos, que ganhou o Oscar de Melhor Documentário em 2010. O filme expõe a matança dos golfinhos no Japão, onde cerca de 23 mil são mortos anualmente e muitos outros são capturados para serem enviados aos parques de diversões. Taiji, uma pequena cidade do Japão, parece ser dedicada às maravilhas e mistérios dos elegantes e brincalhões golfinhos e baleias que nadam ao largo das suas costas oceânicas. Mas, em uma remota enseada cercada por arame farpado e placas de “afaste-se”, é onde os pescadores de Taiji, impulsionados por uma multibilionária indústria do entretenimento com golfinhos e um mercado clandestino de sua carne, participam de uma caçada invisível. O diretor Psihoyos, que já trabalhou como fotógrafo para a National Geographic, fundou a Oceanic Preservation Society (OPS), uma sociedade sem fins lucrativos, para educar o público sobre o que está acontecendo com 70% da Terra, ou seja, nos oceanos.

Na quarta-feira, dia 04 de junho, será exibido O Veneno Está na Mesa, documentário de Silvio Tendler de 2011, que apresenta o Brasil como o país do mundo que mais consome agrotóxico: 5,2 litros/ano por habitante. Mostra os enormes prejuízos causados por um modelo agrário baseado no agronegócio. Além dos ataques ao meio ambiente, os venenos cada vez mais utilizados nas plantações causam sérios riscos à saúde tanto do consumidor final quanto de agricultores expostos diariamente à intoxicação. Nessa história toda, só quem lucra são as grandes empresas transnacionais, como a Monsanto, Bayer, Dow, DuPont, Syngenta, dentre outras. A ideia do filme é mostrar à população como estamos nos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso. Junto com o documentário, será exibido o curta de animação A História das Coisas, de Louis Fox, em que relata – didatica e criticamente - as cincos etapas da economia de matérias: a extração, produção, distribuição, consumo e tratamento do lixo.

Finalizando a semana do meio ambiente, no dia 06 de junho, será exibido o misto de documentário e ficção A Era da Estupidez, de Franny Armstrong, que apresenta o ator (já falecido) Pete Postlethwaite vivendo em um mundo devastado no ano de 2055. Ele assiste a “imagens de arquivo”, filmadas em 2007 e 2008, e se pergunta “por que não paramos as mudanças climáticas enquanto tínhamos chance de fazê-la?” O filme é um libelo contra as mudanças climáticas, o aquecimento global e temas que permeiam essa discussão, como o cada vez mais insustentável mundo baseado e dependente do petróleo, as guerras que ele promove e provoca, a política que ainda tangencia o assunto das mudanças climáticas, consumismo e a estupidez humana.

O projeto Cine & Vídeo Tarumã é uma atividade de extensão do Departamento de Comunicação Social da UFAM, com as sessões acontecendo sempre às 12:30h, no Auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras, localizado no Setor Norte do Campus Universitário. As sessões são gratuitas e recebem o apoio cultural da locadora Take Video Locadora.

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