A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) promove reuniões ordinárias com os reitores, mensalmente, com a finalidade de debater as demandas universitárias em todo o território brasileiro, para definir mecanismos para atendê-las. Na mais recente edição do encontro, a Ufam foi representada pelo vice-reitor, professor Jacob Cohen.
Em concomitância com um Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão, a reunião ocorreu na Universidade Federal da Bahia (UFBA), entre os dias 17 e 18 de outubro, onde o representante da Administração Superior da Ufam, debateu com os demais reitores e seus representantes, o quadro orçamentário das instituições.
De acordo com as colocações do professor Cohen, todas as outras universidades públicas sofrem dificuldades causadas pela ausência de recursos financeiros. A realidade nortista, porém, é ainda mais prejudicada, devido ao isolamento geográfico em relação às demais. “Somos excluídos no cenário da Educação brasileira, fato que deve ser combatido por meio de novos investimentos e incentivos à produção científica, a fim de reafirmarmos que também somos parte do Brasil”, constatou.
Ainda segundo o vice-reitor da Ufam, o orçamento que chega às universidades costuma limitar-se a destinos que não podem ser alterados, como o pagamento dos servidores atuantes e a manutenção da infraestrutura já existente. O capital de investimento necessário para a ampliação dessa estrutura e para fomentar novos projetos não tem sido satisfatório, motivo pelo qual os membros da Andifes estiveram focados em angariar novos recursos.
Solução imediata
O professor Jacob Cohen pontuou o estabelecimento de parcerias com outras instituições públicas de ensino superior como estratégico para uma resolução mais rápida e eficaz do problema. Para ele, juntas, as universidades podem obter uma “fatia maior” das verbas que devem ser destinadas à Educação. “O capital de investimento de que precisamos fica a cargo das iniciativas de ementas parlamentares, especialmente as impositivas. A união com outras instituições tem por objetivo fomentar o ensino superior em todo o Amazonas, não apenas na capital”, esclareceu o vice-reitor.
A expectativa é, após detalhar todas as dificuldades enfrentadas na futura audiência pública, assegurar o envio de valores suficientes para a construção de outros prédios, a fim de implementar novos cursos de graduação e de pós-graduação até 2019. A agilidade na finalização do prédio da Faculdade de Medicina em Coari foi destacada como prioridade, além da melhoria dos hospitais universitários já existentes (Francisca Mendes e Getúlio Vargas).
Próximo encontro - O próximo encontro já tem data marcada: acontecerá em formato de audiência pública, em Brasília, na Câmara dos Deputados, no dia 12 de novembro.
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