Reitor da Ufam apresenta atuação da Universidade no contexto da Bioindústria e da Revolução 4.0 à diretoria da Fieam

Por Cristiane Souza
Equipe Ascom Ufam
 
Na noite da última quinta-feira, 6, o reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professor Sylvio Puga, participou da reunião ordinária do Conselho Diretor da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), entidade representativa do setor do estado. Ele foi convidado para proferir palestra sobre a atuação da Universidade no contexto da Bioindústria e da Revolução 4.0, especialmente quanto às pesquisas e aos projetos de inovação passíveis de aporte pelo empresariado do segmento industrial.

Em primeiro lugar, o professor Puga agradeceu pelo convite da Fieam e pela presença dos professores Fabíola Nakamura e Sandro Breval, enfatizando a imprescindibilidade de se manter uma relação afinada entre a Universidade e a Indústria. “Temos orgulho ser uma das poucas universidades brasileiras a ter uma Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica (Protec). Ela atua exatamente para fazer a interface entre os ambientes acadêmico e externo, buscando solucionar as crescentes demandas por novas tecnologias”, ressaltou o reitor. Ainda segundo ele, o Instituto de Computação também atua de forma estratégica nesse intercâmbio, ofertando cursos de graduação, mestrado, doutorado e especializações nas áreas de desenvolvimento tecnológico no contexto da indústria 4.0.

Além disso, o professor citou uma importante parceria entre a Ufam e a Universidade do Porto, que já perdura três décadas e que, agora, vai permitir também a oferta de um mestrado e de um doutorado em ‘Gestão Industrial com ênfase em Indústria 4.0’. “Essa universidade europeia é uma das 300 melhores do planeta, e também possui um dos mais desenvolvidos locais de produção científica e desenvolvimento de produtos, o UBTech. E nós entendemos que essa parceria é um projeto de Estado, não apenas um projeto de governo”, disse ele.

“O fundamental é que nós vamos formar as pessoas aqui em Manaus, qualificando as pessoas aqui. Temos que acompanhar a evolução do conhecimento e preparar o capital intelectual para atender às exigências atuais do mercado”, disse o reitor da Ufam, ao mencionar ainda uma mudança de mentalidade entre os estudantes da Ufam. “Vemos um movimento crescente de startups e empresas júnior, inclusive em áreas antes não imaginadas. Ou seja, além do estímulo institucional, os próprios acadêmicos estão se organizando em torno de uma visão empreendedora, e esse é o perfil exigido dos profissionais”, completou o professor.

Por fim, ele apresentou uma lista de projetos desenvolvidos pelos pesquisadores da Ufam, que está disponível na apresentação anexa. “Esta é somente uma pequena amostragem das nossas pesquisas que têm ênfase econômica”, assegurou o reitor. As propostas versam sobre Indústria 4.0, Bioeconomia, Economia Digital e Mineração, entre outros temas. “Estamos alinhados para dar as respostas às demandas da economia do Amazonas, porque elas passam exatamente pela formação qualificada. Nosso papel é formar, mas devemos estar sintonizados com o setor produtivo. A Ufam é um vetor para o desenvolvimento regional”, garantiu ele.

Depois de ouvir a apresentação do reitor da Ufam, o vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo, que conduzia a pauta da reunião, afirmou estar satisfeito com o volume de produção científica da Universidade quanto aos temas com afinidade com o setor industrial. “Nós temos mão de obra qualificada para enfrentar os desafios que se sucedem. É isso que conseguimos enxergar claramente, que nós caminhamos lado a lado, o setor produtivo e a universidade. Há vários projetos muito interessantes que estão na prateleira”, enfatizou Nelson Azevedo, ao citar ainda a relevância de aproximar a Ufam da Coordenadoria de Tecnologia da Fieam. “É importante dar conhecimento desses projetos aos nossos investidores”, apontou ele.

Cunhantã Digital

Além do reitor, a diretora do Instituto de Computação da Ufam (Icomp), professora Tanara Lauschner, apresentou sobre o projeto coordenado por ela, o Cunhantã Digital. A iniciativa, vinculada ao projeto nacional denominado ‘Meninas Digitais’ visa a incentivar jovens da educação básica no campo da tecnologia, tendo em vista que, na área de TI, apenas 8% dos empregados são mulheres em tornos os cursos. “Esses são dados nacionais que demonstram que o segmento da tecnologia ainda precisa mobilizar o ingresso de mulheres”, destaca ela.

A professora apresentou alguns números. “Apesar de haver hoje 13% de taxa de desemprego no País, a área de TI tem um déficit de 460 mil vagas. No Amazonas, dos desempregados entre 18 e 32 anos, a maioria são mulheres. Desde 2015, verificamos que existia uma demanda reprimida nesse setor. Fizemos muitos eventos nesse período, fóruns, oficinas. Indicados ao prêmio WSIS”, informou a coordenadora do Cunhatã Digital.

Ao final, ela elencou os próximos passos do projeto. Em primeiro lugar, a continuidade das atividades que já são desenvolvidas: Cunhatã na escola, com palestras, oficinas, cursos de programação, participação em feiras. “Além disso, serão intensificados o ‘Cunhatã na universidade’, com palestra, sessões de conversas e acolhimento das acadêmicas do curso de computação da Ufam, e o Bootcamp para a formação de mulheres em programação front-end, que será um treinamento intensivo com mulheres desempregadas entre 18 e 39 anos, com duração de 4 a 6 meses”, finalizou a docente.

Anexos:
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