Curso de Agronomia do IEAA recebe conceito 4 na avaliação do Inep/MEC
Um dos seis cursos ofertados pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) no Campus Universitário do Vale do Rio Madeira, a graduação em Agronomia do Instituto de Educação Agricultura e Ambiente (IEAA), em Humaitá, conquistou a nota quatro na avaliação in loco realizada pelo Ministério da Educação (MEC). A visita ocorreu nos dias 1º e 2 de abril de 2019, e o resultado foi divulgado na última sexta-feira, 5.
Os avaliadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela educação superior brasileira, foram os professores Leyser Rodrigues Oliveira, este na função de coordenador, e José Carlos Moraes Rufini. No relatório, eles destacaram a coerência entre contexto educacional promovido pela Ufam, as necessidades locais e o perfil do egresso. Com carga horária total superior a quatro mil horas/aula, estas distribuídas em dez semestres, o bacharelado está sob a coordenação da professora Joana Souza Gondim, engenheira agrônoma e doutora em Agronomia.
Agronomia, uma das formações que mais aproximam a Universidade da vocação econômica e sociocultural daquela região, e cujos benefícios já podem ser constatados pela população dos municípios de Humaitá, Apuí, Borba, Manicoré e Novo Aripuanã. Por outro lado, a avaliação periódica dos cursos tem o objetivo de manutenção da qualidade do ensino superior e se torna efetiva por meio de instrumentos eletrônicos e presenciais ou pela combinação de ambos.
Para o pró-reitor de Ensino de Graduação, professor David Lopes Neto, conceder a renovação de reconhecimento do curso Agronomia em Humaitá foi uma conquista para a Universidade, mas principalmente para a população daquela mesorregião. “A Proeg vem desenvolvendo um trabalho junto às coordenações de curso e ao Núcleo Docente Estruturante com base nas diretrizes de avaliação do Inep/MEC”, esclarece o docente.
“Pensamos que a nota quatro atribuída ao curso evidencia o empenho do corpo docente, dos estudantes, dos técnico-administrativos e da gestão superior, sobretudo a dedicação ao promover o ensino superior de qualidade no interior do Amazonas. Isso está claramente demonstrado no relatório de avaliação do MEC, e ficamos contentes em saber o quanto já avançamos e o quanto ainda poderemos avançar para obter o conceito cinco, que é a excelência da graduação”, complementa o professor David Lopes Neto.
“Uma comissão de avaliação do MEC esteve no IEAA para avaliar o curso de Agronomia, que obteve a nota quatro. Este curso foi criado em 2006 e esta é a terceira visita que recebe do MEC. Apesar das dificuldades, o curso conta com mais de 60% de doutores no seu quadro docente, grande parte deles envolvidos com o ensino, com a pesquisa e com a extensão. Atualmente, o Campus de Humaitá tem trabalhado de forma colaborativa com os servidores para que juntos possamos prestar o melhor serviço à comunidade acadêmica”, analisa a diretora da Unidade Acadêmica, professora Ana Cláudia Nogueira.
“Nossa meta, a partir de agora, é trabalhar para obter uma boa avaliação no Enade [Exame Nacional de Desempenho Estudantil] e lutar pela melhoria da Fazenda Experimental e dos Laboratórios”, adianta a gestora do IEAA, cuja expectativa é a melhor possível.
Gracy Ane Souza, bibliotéria lotada no IEAA, ficou muito satisfeita, no sentido de que o resultado reflete também a qualidade do acervo e uma avaliação positiva nesse item.
Dimensões avaliadas
As graduações ofertadas no Brasil são avaliadas periodicamente, considerando-se as dimensões Organização didático-pedagógica, Corpo docente e tutorial e Infraestrutura. “Nesse contexto, são considerados o Projeto Político-Pedagógico do Curso, o Projeto de Autoavaliação Institucional, as Diretrizes Curriculares Nacionais e o Plano de Desenvolvimento Institucional”, informa o Procurador Institucional da Ufam, Osmarino Souza, ao elencar a documentação que passa pela análise dos avaliadores do Inep/MEC.
No relatório avaliativo, cada uma dessas dimensões passou por uma análise qualitativa. Em relação à organização didático-pedagógica, um dos destaques foi para o fato de que o “número de vagas é condizente com o tamanho da sala e a infraestrutura disponível” e a ainda em relação ao estímulo à prática de atividades complementares desde os primeiros períodos, “advertindo-se os alunos quanto à obrigação de cumprimento e verificação”.
Em termos de Corpo Docente e Tutorial, a segunda dimensão analisada durante a visita in loco, os avaliadores externos salientaram que parte dos docentes que compõem o Núcleo Docente Estruturante (NDE) atua naquela Unidade Acadêmica desde a sua formação, integrando também o colegiado do curso. Outro destaque nesse quesito: “A maior parte dos docentes tem experiência acadêmica, profissional e vínculo superior a 70 meses com o Campus da Ufam, o que evidencia os laços e aquisição de identidade com a localidade”.
Por fim, a Infraestrutura teve como um dos pontos fortes, segundo a avaliação do Inep/MEC, a existência de salas de aula climatizadas, laboratórios de solos, de Fitotecnia, de Anatomia Animal e de Fitossanidade. Esses recintos são utilizados para fins de ensino e pesquisa nas áreas básicas de Biologia, Química, Física, Matemática e Informática. A acessibilidade, inclusive a existência de plataformas elevatórias, também um item de destaque dentro dessa dimensão.