Festival Folclórico da Ufam revela cultura de países que competiram na Copa do Mundo de Futebol 2018

Pró-reitora de Gestão de Pessoas Vanusa Firmo premiou os vencedores. O primeiro lugar foi do curso de GeologiaPró-reitora de Gestão de Pessoas Vanusa Firmo premiou os vencedores. O primeiro lugar foi do curso de Geologia

Com dez grupos participantes, os destaques da noite foram para as apresentações de Geologia, Relações Públicas e História, cujos discentes conquistaram as três melhores notas dos jurados

Por Cristiane Souza
Equipe Ascom/Ufam

Em sua XV edição, o Festival Folclórico da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), realizado na noite desta sexta-feira, 23, no Centro de Convivência do Setor Norte do Campus Sede, reuniu dez centros acadêmicos da capital para festejar a identidade cultural de países cujas seleções participaram da Copa do Mundo de Futebol em 2018. Por meio de danças tradicionais, comidas típicas e indumentárias marcantes, cada lugar foi representado.

Com distribuição por sorteio, cada curso ficou responsável por representar um país. A ordem das apresentações foi esta: 1. Centro Acadêmico de Zootecnia (Cazoo) – Alemanha; Centro Acadêmico de Engenharia de Pesca (Caep) – Brasil; Centro Acadêmico de Relações Públicas (CARP) – Porto Rico; Centro Acadêmico de História (Cacha) – Argentina; Centro Acadêmico de Economia (Cacec) – Bélgica; Centro Acadêmico de Engenharia de Materiais (Caema) – Coreia do Sul; Centro Acadêmico de Geologia (Cageo) – Senegal; Centro Acadêmico de Design (Cade) – França; Centro Acadêmico de Matemática (Camat) – Uruguai; e Centro Acadêmico de Serviço Social (Cassa) – Colômbia. Todos tiveram dez minutos para fazer as apresentações culturais.

Sagrou-se vencedora, com 89,8 pontos, a equipe do curso de Geologia, que expôs elementos marcantes da cultura senegalesa e conquistou a preferência dos jurados pelo terceiro ano consecutivo. O vice-campeão do XV Festival Folclórico da Ufam foi o curso de Relações Públicas, representado pelo CARP, com 88,5 pontos. O terceiro melhor desempenho, pelo crivo dos jurados, foi do curso de História, que representou o maior rival latino-americano do Brasil em Copas do Mundo de Futebol, a Argentina, cuja pontuação foi 85,5.

O quesito Rei e Rainha, o primeiro lugar também foi para o Cageo, cujos representantes foram os discentes Vera Silva e Albert Reis. O segundo e o terceiro lugar ficaram para o CARP (Relações Públicas) e o Cacha (História), respectivamente, outros dois destaques desta edição. No categoria de servidor, os professores do curso de Relações Públicas, Israel Rocha e Alane Ferreira ficaram com o primeiro lugar.

Além do segundo lugar geral, o curso de Relações Públicas levou o primeiro lugar no quesito rei e rainha servidor e foi vice-campeão na categoria rei e rainha discenteAlém do segundo lugar geral, o curso de Relações Públicas levou o primeiro lugar no quesito rei e rainha servidor e foi vice-campeão na categoria rei e rainha discenteRepresentante da equipe tricampeã do Fesitval, o vice-presidente do Cageo, Albert Reis, 23, cursa o oitavo período de Geologia, graduações que tem discentes africanos de Angola e Gana. Inclusive, a rainha discente vencedora é angolana. "O tricampeonato é fruto de muita preparação e do empenho dos alunos do curso. Temos a sorte de contar com pessoas que entendem de dança e fazemos ensaios intensos por um mês e meio antes do Festival. As referências que trouxemos são fruto do intercâmbio cultural muito presente na Geologia, por conta dos imigrantes", detalhou o acadêmico.

Tradição na Ufam

Para além da competição em si, o objetivo do Festival Folclórico é promover a integração entre os segmentos da comunidade universitária da Ufam. O evento é organizado pela Divisão de Esporte, Lazer e Cultura, vinculada ao Departamento de Assistência Estudantil (Delc/Daest) da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp). A chefe do Delc, Klélia Santos, explica que o Festival é construído desde o início de cada ano, sempre com a participação dos centros acadêmicos desde a proposição do tema até a realização das atividades.

“Este ano, nós organizamos tudo em função da Copa do Mundo 2018, tema que os próprios discentes sugeriram. A partir disso, sorteamos os países que seria representado pelos grupos. Então, eles já partem para a elaboração das coreografias deles, combinar com a música, além de apresentar a decoração das barracas”, explicou a coordenadora Klélia Santos. “Os itens avaliados são apresentação cultural, barraca e casal de rei e rainha. Os três mais bem avaliados nesses três itens serão premiados com troféus”, completou ela.

Empenho reconhecido

Jurado pela terceira vez no Festival, o professor José Mário Oliveira, da Faculdade de Artes (Faartes) acredita ser importante que, além do fator integração, também exista a possibilidade de reconhecer os melhores trabalhos, fruto de pesquisa, ensaios e empenho dos estudantes. A banca julgadora é composta por outros dois docentes da Faartes, professores Paulo Henrique Trindade e Hermes Coelho Gomes, este último atuante na área da Música, enquanto os dois primeiros são especializados em Artes Visuais.

Acadêmicos de História ficaram entre os três melhores no quesito rei e rainha discente e na classificação geralAcadêmicos de História ficaram entre os três melhores no quesito rei e rainha discente e na classificação geral“É importante ter essa visão técnica de uma série de aspectos. Ao recebermos o convite, temos acesso ao regulamento e verificamos o que será pontuado. Ao chegar aqui, passamos em cada barraca para uma avaliação geral, depois assistimos às apresentações culturais e ao desfile dos casais de cada curso”, afirmou o jurado.

“Cada um de nós, de acordo com a sua visão de artista, vai verificar o que é mais importante, com atenção ao regulamento. Pessoalmente, eu adoro viajar; e este ano é interessante porque o tema foi países da Copa. Alguns dos países eu já visitei e conheço um pouco, sendo possível verificar se, por exemplo, a dança e as vestimentas realmente fazem parte da tradição daquele País. No quesito barraca, observamos a ornamentação, as guloseimas, as cores e outros elementos. Tudo deve ter coerência”, explicou o professor José Mário Oliveira.

Brasil e França

Rivais em várias oportunidades nos jogos da Copa do Mundo de Futebol, Brasil e França foram representados pelos Centros Acadêmicos de Engenharia de Pesca e Design. Ficou a cargo do Caep representar toda a mistura cultural do único País pentacampeão, enquanto o Cade ficou com a responsabilidade de representar o campeão de 2018, atualmente com dois troféus.

Para a finalista Érika Romalho, 24, o grupo estava preparado para receber qualquer nação, mas o Brasil foi como um presente. “No quesito da apresentação cultural, dividimos os 10 minutos para falar dos principais ritmos musicais brasileiros, por isso, incluímos na apresentação o boi, o forró, o carimbo, a swingueira, o funk e o carnaval”, adiantou a discente. Já para o casal de rei e rainha, a escolha foi pela representação da beleza amazônica, com estudantes cujos traços indígenas são marcantes. “É a beleza da nossa pele morena”, apontou Érika Romalho, ao completar que, na barraca, repleta de bandeiras do Brasil, a venda foi do tradicional churrasco, que é uma tradição nos quatro cantos do País.

O presidente do Centro Acadêmico do Design, o também finalista Leandro Brandão, 23, admitiu ter sido difícil a tarefa de organizar todos os detalhes. “Trabalhamos nisso nos últimos três meses, inclusive, tivemos apoio de colegas que não são do Cade”, reconheceu o jovem. O grupo levou a tarefa muito a sério, tanto que buscou orientação no Consulado da França, onde foram ratificadas ideias preexistentes sobre aquele País. “O fato de Paris ser a capital do Amor, o uso de “florais” e das cores da bandeira (azul, vermelho e branco) nas fachadas das casas, a preferência por pães – como croissants e doces... Tudo isso foi explorado por nós”, disse ele.

Para compor a vestimenta do casal, foram escolhidos trajes típicos da Belle Époque, na figura do rei Luiz XV e da rainha Maria Antônia. Para representar os servidores, os professores Jean Machado e Sheila Mota, coordenadora da do bacharelado, garantiram a participação. Por fim, a dança escolhida pela equipe foi o tradicional Cancan, que se tornou popular no século XIX.

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