Licenciatura dupla em Letras do INC é avaliada com o conceito 4 pelo Inep/MEC
A licenciatura dupla foi a segunda a receber o conceito 4 na série de avaliações in loco dos cursos ofertados no Alto Solimões. O primeiro curso foi Pedagogia, cuja visita também fora acompanhada pelo reitor da Ufam
A presença da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) no interior ganha força com a evidente melhoria da qualidade dos cursos de graduação ofertados nas unidades fora da sede. Um exemplo de sucesso é a conquista do conceito 4 na avaliação presencial para renovação do curso de Letras – Português e Espanhol, ofertado no Instituto de Natureza e Cultura de Benjamin Constant (INC/BC). A visita dos avaliadores do Ministério da Educação ocorreu de 21 e 24 de outubro de 2018.
A avaliação de cursos visa à manutenção da qualidade do ensino superior no Brasil e se torna efetiva por meio de instrumentos eletrônicos e/ou presenciais. Eles são avaliados periodicamente, considerando-se estas três dimensões: organização didático-pedagógica, corpo docente e tutorial e infraestrutura. Para isso, são considerados o Projeto Político-Pedagógico do Curso, o Projeto de Autoavaliação Institucional, as Diretrizes Curriculares Nacionais e o Plano de Desenvolvimento Institucional. Esses instrumentos norteadores alinham-se no sentido de alavancar a qualidade do ensino de graduação e de cada curso, em particular.
O reitor, professor Sylvio Puga, acompanhou pela segunda vez uma avaliação in loco realizada pela equipe do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ministerial responsável pela educação superior no País. Os avaliadores ad hoc foram os professores Renato de Mello (UFMG), coordenador da comissão, e Ana Lúcia Cardoso, cujo trabalho foi auxiliado pela Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), pela Procuradoria Institucional e pelos gestores do INC.
“Somos nota 4”
Atualmente, a licenciatura dupla em Letras é coordenada pelo professor Jorge Luís de Freitas Lima desde 2017. Ele é mestre em Sociedade e Cultura pela Ufam e graduado em Letras e em Direito pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR), além de ser especialista na área de Linguística. Ao todo, a graduação compõe-se por 15 docentes e 243 discentes regularmente matriculados.
“Auxiliaram nos trabalhos a coordenação e vice-coordenação do curso, mas contamos também com a colaboração de todos os docentes e técnicos envolvidos no curso. Destacamos – com um agradecimento todo especial – a colaboração do técnico Roberto Mafra da Silva, que não mediu esforços durante todo o processo avaliativo. Também contamos com a presença de membros da Comissão Própria de Avaliação (CPA), do professor Thomaz Décio Abdalla Siqueira e da professora Cláudia Guerra, e do magnífico reitor da Ufam”, destaca o professor Jorge Lima.
O professor Thomaz Abdalla menciona o trabalho conjunto realizado durante as reuniões avaliativas, sempre com a presença das equipes da CPA e da Comissão Setorial de Avaliação (CSA). “Todos os envolvidos, incluindo os docentes da licenciatura em Língua Portuguesa e Espanhol de Benjamim Constant, os gestores e a administração superior estiveram presentes na luta pela melhoria da qualidade do ensino em nossa Universidade”, afirma o titular da CPA.
Rumo à excelência
Para o pró-reitor de Ensino de Graduação, professor David Lopes Neto, conceder a renovação de reconhecimento do curso de Letras – Português e Espanhol do Instituto de Benjamin Constant foi um dos maiores desafios da atual gestão até o momento. “A avaliação anterior dessa graduação não tinha sido satisfatória. Desse modo, a Proeg vem desenvolvendo um trabalho junto à coordenação de curso e ao Núcleo Docente Estruturante com base nas diretrizes de avaliação do Inep/MEC”, afirma o docente.
“Para a Proeg, a nota quatro atribuída ao curso evidencia o empenho do corpo docente, dos estudantes, dos técnico-administrativos e da gestão superior, sobretudo pelo empenho em sobrepor as dificuldades para promover o ensino superior de qualidade. Isso está claramente demonstrado no relatório de avaliação do MEC, ao apresentar conceitos superiores a quatro nas três dimensões avaliadas do curso, o que aponta que estamos no caminho do conceito cinco de qualidade”, complementa o professor David Lopes Neto, com a expectativa de alcançar o conceito de excelência.
Conforme o relatório final da avaliação, foram atribuídas as notas 4.1, 4.55 e 4.2 para as três dimensões (organização didático-pedagógica, corpo docente e infraestrutura) que fazem parte do instrumento utilizado pela comissão do Inep/MEC. Além disso, foram considerados os referenciais de qualidade da legislação aplicada ao procedimento e as diretrizes traçadas pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes).
“A satisfação é imensa, mas o objetivo é atingir a nota cinco. O curso de Letras já formou mais de 179 (cento e setenta e nove) professores, a grande maioria deles já atua na docência em língua portuguesa e em língua espanhola, atendendo a todos os municípios do Alto Solimões. Acreditamos que este resultado vem destacar a importância do Instituto para o desenvolvimento dessa região e reafirmar que estamos no caminho certo na busca de oferecer um ensino superior público, gratuito e de qualidade”, acrescenta o coordenador da licenciatura, professor Jorge Lima.
Processo avaliativo
“A Procuradoria Institucional, responsável por fazer a ponte entre a Ufam e o Ministério ao qual ela está vinculada, tem um papel importante nesse processo de avaliação dos cursos para reconhecimento, renovação, mudança de nomenclatura, entre outros”, explica o gestor da área, técnico-administrativo em Educação Osmarino Souza. Segundo o servidor, a Procuradoria tem acompanhado de perto as visitas dos avaliadores do Inep/MEC, sempre no intuito de auxiliar nos trabalhos.
“Depois que a visita in loco é agendada pelo MEC, nós recebemos essa informação e encaminhamos para a coordenação do curso. Nessa etapa, o coordenador preenche o formulário eletrônico conforme as diretrizes que disponibilizamos. Na Proeg, os dados são revisados e, em seguida, recebemos a documentação e as enviamos ao MEC”, detalha Osmarino Souza sobre o processo preliminar de avaliação presencial.