Candidatos ao Enade recebem apoio institucional para melhor desempenho em exame
Graduandos selecionados para participar do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) puderam tirar dúvidas sobre o exame e assistir à palestra ministrada pelo jornalista Arnoldo Santos sobre “A influência das redes sociais e das fake news”. O evento, promovido pela Comissão responsável pelo Enade, ocorreu na manhã desta quarta-feira, 17, no auditório Eulálio Chaves, e é uma das estratégias para preparar os candidatos à prova.
Vinculada à Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), a Comissão do Enade tem o objetivo de articular estratégias para a melhor participação dos estudantes em conjunto com as coordenações dos cursos a serem avaliados. Segundo a presidente da comissão, professora Irlane Maia, a meta é fazer com que os cursos obtenham os melhores conceitos no Enade. “Na construção desse projeto institucional, a gente visa congregar todas as ações que já estão acontecendo e começar a divulgá-las para os outros cursos que serão avaliados”, declarou a professora, ao informar que, em 2018, 11 cursos da Ufam na capital e interior serão submetidos ao Enade, e por isso, as atividades desta manhã foram transmitidas concomitantemente, por videoconferência, para as unidades fora da sede.
Presente ao evento, o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, realizou a abertura oficial da atividade e ressaltou a importância do preparo institucional para avaliações externas como o Enade. Para o gestor, a Universidade precisa apresentar bom desempenho para que possa permanecer entre as instituições de ensino que mais se destacam no país. “A nossa meta não é somente o Enade, mas também atingirmos a melhoria da taxa de sucesso da graduação”, discursou o reitor.
A presidente da comissão, professora Irlane Maia, e a TAE responsável pelo acompanhamento do Exame na Ufam, Carla Gomes, fizeram orientações aos alunos presentes quanto ao preenchimento do Questionário do Estudante, componente obrigatório do Enade, além de esclarecem dúvidas quanto o acesso ao site do Inep para devido preenchimento do mesmo. Elas ressaltaram também que o Exame é componente imprescindível para garantir a colação de grau dos formandos no perído 2018/2, explicando que posteriores justificativas de ausência podem causar transtornos para os formandos e atrasar a entrega do diploma.
Proposta como forma de auxiliar os formandos a cumprir a exigência de horas complementares, a palestra de Arnoldo Santos trouxe para o público informações relevantes sobre o fenômeno comunicacional que são as redes sociais, as principais plataformas de divulgação de notícias falsas ou fake news. Santos expôs que as informações enganosas não são novidade, mas se multiplicaram grandemente com a ascensão dos novos meios de comunicação, os quais permitem a qualquer pessoa produzir e publicar mensagens sem o compromisso com a verdade dos fatos. “A sociedade hoje, em relação às fake news e à comunicação como um todo, precisa urgentemente criar uma cultura antidesinformação”, alertou o jornalista.
Arnoldo Santos também discutiu o excesso de informação disponível na atualidade e a dificuldade que as pessoas têm de compreendê-las e a ausência ainda do hábito de checar a veracidade daquilo que é divulgado. “Tudo que se coloca nas redes sociais tem um interesse. A informação é usada como arma de interesse, como arma de guerra não é de hoje. Mais do que nunca é preciso desconfiar do que está nas redes sociais”, orientou.
Formanda do curso de jornalismo, Raryane Ramos presenciou a atividade desta quarta-feira e aprovou a iniciativa da comissão organizadora. “O tema escolhido foi muito interessante, discussões como essa são de grande importância e devem acontecer com mais frequência na Universidade. As fake news estão cada vez mais presentes nas redes sociais e no nosso dia a dia, e nós precisamos mais do que nunca criar uma cultura de autocrítica, de apuração, é o que Arnoldo chamou de “desconfiômetro”, isso deve acontecer principalmente agora, nesse momento em que o Brasil esta passando com eleições presidenciais”, avaliou a estudante. “Todos nós precisamos criar um filtro e checar as notícias que recebemos e compartilhamos, por mais simples e verdadeiras que possam parecer porque o dano social de uma notícia falsa é muito grande e pode ser muito triste também. Afinal, reputações podem ser destruídas com base em nada, em mentiras. E a sociedade tem muito a perder com isso”, comentou.