Em reunião na Capes, reitor da Ufam propõe agenda regional com enfoque na internacionalização
A Ufam ganhou assento na Comissão Permanente responsável por avaliar e acompanhar as políticas públicas para o Norte e deve levar à pauta a proposta de internacionalizar a pós-graduação, entre outras
O reitor da Universidade Federal do Amazonas, professor Sylvio Puga, e a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Selma Baçal, estiveram em Brasília cumprindo agenda com o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), professor Abílio Baeta, e o diretor de Programas e Bolsas da agência, professor Geraldo Nunes. A reunião ocorreu no último dia 18, com a proposta de consolidar a participação da Ufam na elaboração de políticas estratégicas nas áreas da pesquisa e da internacionalização.
“Nós fomos tratar diretamente com o presidente da Capes sobre temas de grande interesse para a Universidade e para toda a região Norte do Brasil. Apresentamos os nossos doutorados interinstitucionais e entregamos um documento com uma proposta de apoio aos nossos cursos”, afirmou professor Sylvio Puga. “Falamos também sobre o Edital Print de internacionalização e encaminhamos o nosso recurso ao resultado preliminar”, disse o reitor.
Segundo afirma o gestor da Ufam, independentemente do edital Print, a Instituição está empreendendo ações efetivas e concretas no âmbito da internacionalização e tem buscado parcerias com esse objetivo. “Além disso, convidamos o presidente da Capes para, em data oportuna, ele possa participar de evento da pós-graduação da Ufam”, informou o professor Sylvio Puga.
Conforme a pró-reitora da Ufam, professora Selma Baçal, a audiência levou em consideração a necessidade de se estabelecer uma agenda de internacionalização para os Programas de Pós-Graduação na região. “Esta preocupação foi levada ao presidente da Capes, professor Abílio Baeta, qual seja a de que nós precisamos olhar para a Amazônia com um olhar diferenciado, um olhar que traduz a importância da região num planejamento nacional estratégico e na perspectiva da internacionalização da pós-graduação”, explicou a professora.
Fortalecer a Amazônia
Para a gestora da Propesp, o encontro foi uma oportunidade de apresentar ao presidente da agência nacional as preocupações em relação ao apoio necessário à Amazônia, que se materializa, por exemplo, na inclusão da Ufam na Comissão Permanente de Avaliação e Acompanhamento de Políticas Públicas para a Região Norte, que fora aprovada pelos reitores das instituições de ensino superior do Norte do País.
“A nossa Universidade agora tem assento na comissão. Isso é motivo de alegria para a Ufam, mas também é a motivação para que nos preparemos para o estabelecimento de relações mais próximas da Capes e a formação políticas voltadas para a Amazônia”, destacou a docente.
Ao comentar sobre a conquista desse assento, o reitor da Ufam disse que já houve uma mudança nesse sentido, ou seja, de se ter um olhar diferenciado para a região. “É claro que, a partir do momento em que, no Conselho Superior da Capes, existe uma vaga destinada ao representante do Norte, é claro que isso altera a percepção da agência sobre outros temas que envolvem o Norte do país no bojo das demandas naturais da Capes, como bolsas, projetos especiais, internacionalização, fomento”, avaliou o professor Sylvio Puga.
Atualmente, a Capes já atua com propostas regionalizadas, como o Programa Nacional de Cooperação Acadêmica na Amazônia (Procad-Amazônia), que seleciona projetos conjuntos de ensino e pesquisa vinculados a PPGs acadêmicos localizados nos estados da região Norte e no Maranhão. O objetivo é acolher propostas capazes de reduzir assimetrias regionais ainda constantes no âmbito do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG).
“Foi um passo importante, essa foi uma vitória do Fórum de Reitores das Universidades da Região Norte, que reivindicaram essa vaga junto ao Conselho Superior da Capes. A partir dessa aproximação, poderemos pleitear outros resultados promissores”, concluiu o reitor da Ufam.