Reitor visita Museu Magüta, em Benjamin Constant, e anuncia Acordo de Cooperação Técnica

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Reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, foi recebido pelo diretor do Museu no último dia 31 de maioReitor da Ufam, professor Sylvio Puga, foi recebido pelo diretor do Museu no último dia 31 de maioPor Cristiane Souza
Equipe Ascom

“Este é o primeiro museu indígena no Brasil, com mais de 20 anos, e o único do município de Benjamim Constant”, orgulha-se o diretor do Museu Magüta, antropólogo e filósofo Santos Cruz. Uma das iniciativas para dar maior visibilidade à cultura indígena no Alto Solimões é a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica entre a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e o Museu.

Criado em 1991, pelo Conselho Geral da Tribo Tikuna (CGTT), o Magüta revela o universo Tikuna a brasileiros e estrangeiros, dentre os quais visitantes colombianos, peruanos, japoneses e norte-americanos. Com a proposta de aproximar a Universidade do Museu, por intermédio do Instituto de Natureza e Cultura (INC), o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, visitou o local na última quinta-feira, 31 de maio.

Parceria

O reitor da Ufam ratificou o valor cultural das peças expostas no Museu e frisou a importância da cooperação entre instituições e órgãos na manutenção e fomento a espaços como o Magüta.

"Nosso objetivo é dar visibilidade ao museu e buscar meios para que ele continue de portas abertas e em condições de funcionamento. A nossa região, o País, precisam conhecer este legado incrustado na floresta amazônica, que é patrimônio inquestionável da nossa história", frisou o professor Sylvio Puga.

Além do diretor do Museu Magüta, Santos Cruz, o egresso do curso de Antropologia daquela Unidade Acadêmica, João Ramos, foi o responsável por apresentar o acervo aos visitantes da Ufam. “Meu papel foi o de explicar a respeito da etnia Tikuna ao grupo da Ufam”, lembra o antropólogo formado em junho de 2017.

Arte e cultura indígenas são expostas no local há mais de 20 anosArte e cultura indígenas são expostas no local há mais de 20 anos“Creio que é muito importante essa parceria, inclusive para dar visibilidade ao local, tanto dentro da comunidade quanto no exterior. Após a morte do antigo diretor, senhor Nino Fernandes, há necessidade de que os universitários do INC se aproximem mais do Museu, façam projetos e se envolvam com a sua revitalização”, afirma o egresso da Ufam.

“Esse Museu foi possível de ser criado com a ajuda de alguns especialistas de diferentes áreas, sendo que um dos mais importantes nomes nesse processo foi o do antropólogo João Pacheco de Oliveira, entre outros. Trata-se da primeira iniciativa dirigida pelos próprios indígenas”, diz João Ramos.

Cultura Indígena

Na época em que foi criado, com a finalidade de expor a cultura indígena mais presente na mesorregião do Alto Solimões, o Magüta se destacou por apresentar peças Tikuna, dentre as quais artesanato, peneiras, colares e mídias com músicas produzidas por índios dessa etnia.

Inclusive, o nome do museu é uma das formas como os Tikuna são chamados. “No início, o Ministério da Cultura e o Museu Nacional do Rio de Janeiro apoiavam as atividades deste que é o primeiro museu indígena do País. Eram recebidas entre 30 e 50 pessoas por dia”, recorda o atual diretor, ao mencionar que ambas as colaborações já tiveram fim.

“Hoje, nós estamos buscando novas parcerias, inclusive com a Universidade, no sentido de consolidar as nossas ações e até incluir projetos novos”, explica o gestor, que está no cargo desde o dia 14 de abril deste ano. Segundo ele, uma das ideias é expandir as ações para a exposição da cultura de povos indígenas de outras etnias, como os Kokama e os Marubo. “Como resultado, o turismo cultural será fortalecido na região”, avalia Santos Cruz

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