Sustentabilidade é a tônica do Seminário Desafios para uma Amazônia Sustentável

 
Por Sebastião de Oliveira
Equipe Ascom

O evento ocorrido na manhã desta sexta-feira (20), no auditório Samaúma da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), Setor Sul do Campus Universitário, teve o objetivo de analisar o desenvolvimento sustentável da Amazônia pelo viés da diversidade sociocultural e ecológica da região. Foram discutidas estratégias para reduzir as desigualdades regionais e, na ocasião, a pré-candidata à presidência da República pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Manuela D'ávila, contribuiu com o debate.  

Em seu pronunciamento de abertura, o reitor, professor Sylvio Puga, pontuou a importância de a Ufam sediar seminário voltado à sustentabilidade amazônica. Ele ressaltou a luta que a FCA vem travando, desde sua criação até os dias atuais, em prol da formação de pessoas engajadas na defesa de uma universidade pública e gratuita, dos valores democráticos e da liberdade. Além disso, relacionou tal luta aos ideais de se promover um estado soberano e uma Amazônia que responda satisfatoriamente aos desafios brasileiros frente às realidade contemporânea da globalização.

O anfitrião declarou ainda que o desafio imposto, especificamente ao Amazonas e sob o ponto de vista econômico, terá grande repercussão no âmbito social e ambiental e, mais, será o fundamento para se questionar quais serão as alternativas ao modelo Zona Franca de Manaus (ZFM), considerando seu término, previsto para 2073.

Para o reitor, numa análise geral, a finalização desse modelo implica saber quais os desafios e oportunidades poderão estar na pauta de  projetos para a região, no sentido de se gerar oportunidade no âmbito da bioindustria, do turismo, do uso racional dos recursos minerais, da questão da água, enfim, de uma agenda múltipla, em razão de a economia do Amazonas estar passando por um momento de fragilidades internas e externas impostas pelo cenário nacional.    

O coordenador do Centro de Ciências do Ambiente (CCA), professor Eron Bezerra, disse que é necessária a realização de estudos sobre a Amazônia e, consequentemente, o seminário apresenta um recorte integrando pessoas para discutir sobre a região. Ele chamou atenção aos candidatos presidenciais quanto a informações imprescindíveis sobre a Amazônia, um lugar  que corresponde a 65% do território nacional e é estratégico para os demais aspectos de pesquisa.

Para a deputada estadual e presidenciável Manuela D'ávila (PCdoB/RS), o modelo ZFM tem papel importante não somente para o Amazonas, mas para todo o Brasil, considerando que a região é estratégica para o desenvolvimento do País. Segundo a presidenciável, a política industrial tem contribuído para que a região se mantenha preservada. “Compreendemos que é preciso sofisticar determinadas áreas da indústria, que podem receber aportes a partir de investimento em Ciência e Tecnologia (C&T)”, comentou.

A presidenciável citou investimentos na área de fármacos e cosméticos, pontuando sovre a necessidade de reforços em infraestrutura. Ela exemplificou a BR 319 como um eixo principal de desenvolvimento, além de considerar inadimissível que a região possa se integrar aos EUA e ao Canadá sem antes ter uma comunicação com o Centro Oeste e Sul do próprio Pais. “É preciso destravar os empecilhos postos para reconstrução da BR 319”, ressaltou ela.

Durante o evento, o diretor do Museu da Amazônia, professor Ênio Candotti, proferiu palestra 'As cinzas e a memória'. O Seminário é resultado da parceria entre o Centro de Ciências do Ambiente (CCA), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a Fundação Maurício Grabois. Estiveram presente na composição da mesa, o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, o coordenador do evento e diretor do CCA, professor Eron Bezerra, diretor do Museu da Amazônia (Musa), Enio Candotti, a Senadora da República (PCdoB), Vanessa Grazziontin e o diretor do Núcleo de Alto Estudos da Amazônia (NAEA-UFPA), professor Durbens Martins.              

 

 

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