O lugar das diferentes linguagens – Museu Amazônico encerra programação da Semana dos Museus

Aloísio Lobo, cartunista há 20 anosAloísio Lobo, cartunista há 20 anos

Palestra sobre cartoon, oficina de escultura e apresentação de dança integraram a programação do último dia da 11ª Semana Nacional dos Museus realizada no Museu Amazônico na tarde desta sexta-feira (17). O evento ocorre anualmente em alusão ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio) e tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a importância desses locais dedicados ao conhecimento.

Durante cinco dias o Museu Amazônico ofereceu uma programação variada para compor a 11ª edição da Semana dos Museus. Encerrando a Semana, o cartunista e jornalista Aloísio Lobo proferiu a palestra na qual mostrou um pouco do seu trabalho com cartoons. O artista, que há 20 anos desenha cartoons, costuma abordar o comportamento humano como principal tema e tem Dona Charmô como um dos personagens mais famosos. “O cartoon é uma forma de manifestar a minha necessidade de fazer rir e de fazer pensar”, disse Aloísio Lobo.

Samuel Albuquerque (16), estudante da Escola Estadual prof. Antenor Sarmento Pessoa, assistiu à exposição de Lobo. O adolescente, que também faz cartoons nas horas vagas, ficou entusiasmado com o depoimento do jornalista.  “Foi muito interessante. Eu pratico sozinho e não conheço ninguém que entenda para me ajudar, então ouvir a experiência dele (Aloísio Lobo) foi muito bom para mim. Aprendi novas técnicas e como elaborar projetos na área. O cartoon é um hobby para mim, por enquanto, mas se eu conseguir crescer como cartunista, posso me tornar um profissional no futuro”, anunciou o jovem desenhista.

Exemplo de Toy ArtExemplo de Toy ArtConcomitantemente, ocorria a oficina de Toy Art (brinquedo artístico), definida pelo estudante do curso de Artes Visuais da UFAM e um dos monitores da oficina, Tamie Gadelha da Silva, como um subgrupo da escultura tradicional, diferente entre outros aspectos por se tratar, na maioria das vezes, de representações de personagens do universo infantil com no máximo 40 centímetros de altura. O toy art não visa necessariamente ser objeto de diversão de crianças, mas, sim, figurar como peça de colecionadores, normalmente jovens e adultos. Segundo o escultor, apesar de desconhecida na cidade, a Toy Art agradou os visitantes e conquistou novos adeptos. “A oficina teve todas as vagas preenchidas. Os participantes gostaram da arte, alguns se descobriram nessa área e pretendem seguir adiante com o aprendizado da minimodelagem”, comemorou o monitor que desejava, realmente, difundir a Toy Art.

Bailarinos do CAUA em "Pássaros"Bailarinos do CAUA em "Pássaros"

Fechando a 11ª edição da Semana dos Museus no Museu Amazônico, bailarinos do Centro de Artes da UFAM (CAUA) apresentaram uma parte do espetáculo “Gaia” denominada “Pássaros”. Nela, os artistas reproduzem os movimentos dessas aves. Emerson Silva, um dos integrantes do grupo de dança, mostrou-se contente por participar da Semana. “Nós amamos a dança, então, é sempre um prazer poder apresentar a nossa arte. Ainda mais em um evento como esse”, admitiu Emerson, minutos antes de mostrar “Pássaros” ao público do Museu.

Professora Maria Helena Ortolan, diretora do Museu AmazônicoProfessora Maria Helena Ortolan, diretora do Museu Amazônico

Para a diretora do Museu Amazônico, professora Maria Helena Ortolan, o evento foi relevante por mostrar o quanto o Museu Amazônico tem a proporcionar em enriquecimento cultural para os que o visitam. De acordo com a professora, a Semana trouxe uma nova forma de ver o Museu. “O Museu Amazônico é um museu que produz conhecimento científico e também as várias outras formas de conhecimento. Então, nessa semana, conseguimos passar a mensagem que, mais que um local de guarda de objetos, o museu é onde podemos vivenciar esse encontro de culturas, de linguagens e, com isso, mostramos ao público amazonense como é bom vir aos museus”, declarou a diretora satisfeita com os resultados obtidos.

Sobre a receptividade do público, professora Maria Helena revelou-se satisfeita também. “A presença do público foi muito boa porque recebemos desde os estudantes do Ensino Fundamental como do Ensino Médio e universitários. E o mais importante: tivemos o público não só visitando, mas sendo protagonista dentro do Museu Amazônico. Isso para mim foi fantástico”, confessou.

 

 

 

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