Gestores das novas Unidades Acadêmicas festejam e avaliam primeiro ano da reestruturação administrativa

 

Por Carla Santos
Equipe Ascom Ufam

Nesta sexta-feira, 23 de fevereiro, a Universidade Federal do Amazonas relembra a data da aprovação, no Conselho Universitário da Ufam, do projeto de Reorganização Pedagógica e Administrativa (RPA) do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). A partir da reestruturação, em 2017, o então Instituto deu origem à Faculdade da Informação e da Comunicação (FIC), à Faculdade de Artes (Faartes) e à Faculdade de Letras (FLet). 
 
Em reunião ordinária, naquele 23 de fevereiro, o Conselho Universitário (Consuni) aprovou, com ampla maioria, o RPA, após um longo processo de debate e de planejamento entre os departamentos. O projeto de RPA era uma demanda antiga do ICHL. A discussão sobre o tema remete ao início dos anos 2000, embora os primeiros passos para a reestruturação oficial tenham sido dados em 2009, quando o curso de Artes buscava sua ampliação na organização como Instituto. Foi nesse contexto que os departamentos de Comunicação e de Língua e Literatura Estrangeiras, Língua e Literatura Portuguesa e Letras – Libras também se dedicaram à mudança e deram início às discussões e, com apoio de professores, técnicos-administrativos e corpo discente, chegou-se à construção dos Projetos Pedagógicos e Administrativos das novas unidades, assim como na proposta submetida ao Conselho Departamental do ICHL e, posteriormente, aos Conselhos Superiores da Universidade. 
 
Antes de ser apreciado pelo Consuni, o projeto de RPA do ICHL já havia sido aprovado, por unanimidade, pelo Conselho de Administração da UFAM (Consad) e pelo conselho departamental do ICHL.   
 
Primeiros 365 dias – Em breve avaliação do primeiro ano da nova estrutura administrativa e acadêmica dos quatro novos institutos, a diretora da Faartes, professora Rosemara Staub, disse que, desde o Conservatório de Música Joaquim Franco, com o qual a Ufam mantinha vínculo, desejávamos ter um espaço próprio no âmbito universitário. "Esse desejo remete às décadas de 1960/1970, quando já nutríamos o interesse de ter um espaço como aquele dentro da Universidade", disse. "Com a reestruturação do antigo ICHL, buscamos materializar o que tínhamos em mente: um ambiente institucionalizado e administrativo como o que existe hoje na Faculdade de Artes. Avaliando essa caminhada, percebo que avançamos e que isso é fruto de muitos anos de dedicação de tantos outros nomes, em especial de professores que até já se aposentaram", observou a diretora. 
 
Em sua avaliação, foi um ano de bastante trabalho. "Conseguimos ter a eleição, administativamente, pudemos, então, reestruturar o bloco de Artes. Hoje, a gente já consegue ver essa estrutura mais delineada, com Direção, Coordenação Administrativa, Coordenação Acadêmica, todas trabalhando junto com as coordenações dos cursos. De quatro laboratórios, conseguimos expandir para 12, servindo de apoio às ações de ensino, de pesquisa e de extensão. Conseguimos também efetivamente firmar duas  grandes parcerias com projetos de cooperação com a Universidade Missouri (EUA), que vai focar na formação musical de nossos alunos, egressos e professores que podem cursar a pós graduação na universidade norte-americana, e também com uma Universidade da Áustria, com a qual pretendemos estabelecer cooperação para criação de bacharelado em Musicoterapia", enumerou a professora Rosemara Staub, sem esquecer de citar propostas de Doutorados Interintitucionais (Dinter) em Música e em Artes Visuais, com a Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade de São Paulo (USP). 
 
Para o diretor da Faculdade de Letras (FLet), professor Wagner Barros Teixeira, a criação das novas unidades marca o início de um novo ciclo. “Ao olharmos para a história da Ufam, percebemos que, desde seus primórdios, a área de Letras, tão importante para a sociedade, tem estado presente na universidade. Mesmo antes da existência do antigo ICHL, o Curso de Letras se fazia presente na extinta Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Com o fortalecimento da área das Humanidades na universidade, criou-se o ICHL. Ele cresceu e frutificou tanto que se chegou ao entendimento de que, desmembrado em novos institutos, ganharíamos mais autonomia e força política para nos articularmos enquanto macro área", frisou. 
 
Para o diretor da FLet, o processo consolida o sonho de muitos docentes, técnicos e discentes que se engajaram para que a nova estrutura fosse concretizada. Destaca a maestria da condução do processo pela diretora do então ICHL, professora Simone Baçal de Oliveira, e a sensibilidade da Administração Superior anterior ao pleito, culminando com a aprovação no Consuni. Sobre a nova unidade, o diretor relembra o apoio dos gestores pró-tempore, que aceitaram o desafio inicial dos trabalhos, e agradece à sua equipe e à comunidade da FLet pela confiança e pela dedicação às atividades neste primeiro ano de existência. Enfatiza ainda o grande apoio da atual Administração Superior, na pessoa do Magnífico Reitor, professor Sylvio Puga, e de sua equipe, fundamental ao desenvolvimento e ao sucesso das novas unidades acadêmicas. 
 
Para o professor, a Faculdade de Letras nasce robusta, abrigando 8 cursos de graduação, 1 programa de pós-graduação, vários programas e projetos de extensão, de ensino e de pesquisa como o Centro de Estudos de Línguas, o Idiomas sem Fronteiras, o Libras e Trilhas e o N-Linguagens, formando uma grande comunidade que envolve mais de 2000 pessoas. Neste primeiro ano, foram firmadas novas parcerias e consolidadas algumas antigas em prol do fortalecimento do ensino na área de Letras em níveis de graduação e de pós-graduação com instituições brasileiras como a Universidade de Brasília (Dinter em Literatura) e com instituições estrangeiras. Além de atender à demanda da comunidade manauara, a FLet tem estado sensível, apoiando demandas de outros municípios no interior do Amazonas, por meio de parcerias com unidades da Ufam sediadas em Benjamin Constant e em Coari. 
 
"Ao olhar para frente, nosso principal desafio é a unidade física. Dado nosso tamanho, ainda estamos fragmentados em vários espaços no campus sede. No entanto, com o apoio da Administração Superior, os esforços para a construção de um espaço que possa abrigar nossa comunidade estão caminhando em um bom ritmo e esperamos que, em breve, possamos iniciar a construção de nosso primeiro bloco da FLet.”
 
No caso da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), o projeto de reestruturação foi iniciado em 2013, com a decisão do Departamento de Comunicação de implementar esforços para criar uma unidade acadêmica que pudesse permitir o fortalecimento dos cursos da área de informação, projeto ao qual se somaram os Departamentos de Arquivologia e Biblioteconomia, como lembra o diretor da FIC, professor Allan Rodrigues. Há um ano, ele era diretor do Departamento de Comunicação (Decom). 
 
"Nesse um ano, contabilizando os objetivos alcançados, concluímos que estávamos certos em buscar essa unidade. Se estivéssemos ainda dentro do antigo ICHL, imersos nos 26 cursos e 12 departamentos que lá existiam, dificilmente teríamos conseguido os avanços que tivemos em um ano. Nós já estamos com 2 projetos de doutorados interinstitucionais, um na área da Comunicação/Informação em pleno andamento, que vão formar até 2020, 16 professores doutores para a Faculdade; outro projeto de mestrado profissional em Comunicação, já depositado na Capes e aprovado na 1ª fase, que deve ser implantado ainda esse ano e o novo prédio, que nos permitirá espaço físico melhor para ensino de graduação e pós graduação", enumerou. O professor mencionou ainda a reinauguração de laboratórios que funcionarão com novos equipamentos instalados. 
 
Todos os gestores falam, consensualmente, que a readequação do ICHL se mostrou eficiente no que se refere à autonomia, promovendo voz e voto junto às Câmaras e aos Conselhos Superiores, resultando em maior representação política da área das Humanidades no âmbito da Ufam e, muitas vezes, no atendimento de demandas pelos colegiados. 
 
A diretora do IFCHS, professora Simone Eneida  Baçal de Oliveira, participou de todo o processo e de sua aprovação. Ela lembrou os anos de discussão durante a gestão no ICHL. 
 
"As faculdades passaram a ter mais autonomia, com a possibilidade para criar novos cursos e projetos pedagógicos. Fico muito feliz com isso tudo, enquanto gestora, pois foi um trabalho exaustivo, e tivemos um bom resultado. Quando planejamos uma gestão, precisamos ter uma visão de longevidade. A Pró-reitoria de Planejamento (Proplan), junto com a comissão, acompanhou e nos auxiliou muito na lógica de reorganização acadêmica e administrativa do ICHL. Esperamos que as novas Faculdades cresçam com autonomia, de acordo com suas especificidades. Isso amplia as expectativas de cada uma”, frisou.
 
Como estão as novas unidades hoje - Faculdade de Artes (FAARTES) – Licenciaturas: Artes Visuais (matutino, noturno e a distância) e Música (matutino e noturno).
 
Faculdade de Letras (FLet) – Licenciaturas: Língua e Literatura Espanhola (matutino), Língua e Literatura Francesa (vespertino), Língua e Literatura Inglesa (vespertino), Língua e Literatura Japonesa (noturno), Língua e Literatura Portuguesa (vespertino e noturno), Letras – Libras (vespertino) e Pedagogia Bilíngue.
 
Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) – Bacharelados: Arquivologia (noturno), Biblioteconomia (matutino), Comunicação Social - Relações Públicas (diurno), Comunicação Social – Jornalismo (diurno).
 
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS) - Antropologia (Departamento), Ciências Sociais (bacharelado), Filosofia (licenciatura), História (licenciatura), Geografia (licenciatura/bacharelado), Serviço Social (bacharelado) e Licenciatura Indígena.
 
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