Ufam: inspiração para intelectuais da Amazônia
Ao longo de 109 anos, a Universidade Federal do Amazonas tem formado e inspirado intelectuais da Amazônia. O historiador Abrahim Baze e o médico oftalmologista Cláudio Chaves são exemplos dessa ligação com a Universidade.
O oftalmologista Cláudio Chaves atuou durante 38 anos como docente da Ufam. Contribuiu com a formação de mais de quatro mil médicos e orientou mais de 200 trabalhos acadêmicos entre especializações, mestrados e doutorados. Além da relação profissional com a Universidade, ele guarda uma relação familiar com a Ufam.
“Meu avô era primo do idealizador da Ufam, Eulálio Chaves. Foi Eulálio quem sugeriu que meu avô viesse trabalhar como eletricista em Manaus e para cá meu avô veio e ficou até o fim da vida. Além disso, toda a minha formação e a de meus filhos foi na Ufam. Cursei Ciências Biológicas e Medicina. Meus quatro filhos também são formados na Ufam, três seguiram a Medicina e um cursou Direito. Durante toda a minha vida, sempre honro a Ufam, seja na minha atuação na docência, seja na atuação que tive como parlamentar”, afirmou o médico, referindo-se à época em que, enquanto deputado federal, conseguiu a transferência da Escola de Enfermagem do Ministério da Saúde para a Ufam.
Divulgador contumaz da Ufam
Membro da Academia Amazonense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Amazonas e de demais associações de eruditos, Abrahim Baze sempre tem a Ufam como fonte de inspiração. Mesmo sem ter estudado na Universidade, ele afirma que, ao longo de suas 32 obras publicadas, a Universidade sempre colabora com suas pesquisas.
“Sou um divulgador contumaz de toda a atividade da Ufam. Apresento, no Amazon Sat, os programas de TV ‘Literatura em Foco’ e ‘Documentos da Amazônia’, e sempre entrevisto os doutores da Ufam. Inclusive, durante uma temporada de pesquisas em Portugal, descobri documentos raríssimos relacionados à Ufam, como o certificado do primeiro diplomado em odontologia pela Ufam, de 1918, o português Manuel Rodrigues do Nascimento, o qual teve uma participação bem ativa na história do Luso Esporte Clube. Essa informação consta na minha obra Luso Esporte Clube – 100 anos ”, declarou Baze, que também é criador de seis museus em Manaus, entre eles, o Museu da Beneficente Portuguesa e o do Atlético Rio Negro Clube.
Ele também comenta sobre seu próximo projeto que envolve a Ufam. “Agora eu me preparo para fazer um grande documentário sobre a história da Ufam. O projeto já está autorizado e começaremos a gravar em breve”, antecipa Abrahim Baze.