Ufam recebe embaixador dos Estados Unidos, que demonstrou interesse em firmar parcerias

 

Vice-reitor, professor Jacob Cohen recebeu o embaixador, que demonstrou interesse em firmar parceriasVice-reitor, professor Jacob Cohen recebeu o embaixador, que demonstrou interesse em firmar parcerias

Por Ana Carla
Equipe Ascom
 
Com o objetivo de conhecer a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), sua atuação e prioridades no campo acadêmico, o embaixador dos Estados Unidos, Michael McKinley e a adida cultural adjunta da Embaixada Norte-Americana, Adelle Gillen, estiveram na Instituição na manhã desta quinta-feira, 07, onde foram recepcionados pelo vice-reitor da Universidade, professor Jacob Cohen, pró-reitores e diretores. Na sala de reuniões do Gabinete da Administração Superior, o encontro se deu em formato de explanação a partir da atuação de cada Pró-reitoria e contemplou, ao fim, uma apresentação cultural, com a participação do violonista Sebastião Tapajós interpretando composições próprias.
 
Inicialmente, o vice-reitor, professor Jacob Cohen deu as boas-vindas ao embaixador e à adida cultural adjunta. Ela já havia visitado o Amazonas em outra oportunidade, mas ele veio ao Estado pela primeira vez e acompanhado da embaixatriz, Fátima McKinley. "Tenho um grande respeito para com as universidades, em especial pelos esforços que têm para poder se desenvolver. O Brasil teve muito sucesso nesses últimos 30 anos para se estabelecer com uma base forte na Educação, abrindo as portas para estudantes de todas as classes sociais. É um mérito", observou. Ele adiantou, durante seu pronunciamento, que veio com o intuito de estabelecer parcerias, mas que estas não precisam acontecer somente à base de repasse de recursos, mas na promoção de uma interrelação entre as universidades brasileiras e as dos Estados Unidos", adiantou.
 
O vice-reitor da Ufam, professor Jacob Cohen, apresentou aos visitantes, os pró-reitores e diretores presentes ao encontro. O primeiro a tecer considerações foi o diretor da Faculdade de Letras (Flet), professor Wagner Teixeira que abordou o Ensino da Língua Inglesa no âmbito da graduação, o Programa Idioma Sem Fronteiras (ISF), pelo qual professores recebem formação especializada dentro de uma política linguística para a internacionalização e o Centro de Ensino de Línguas, iniciativa da Ufam em curso mais de 30 anos, oferecendo inglês, francês, espanhol, japonês, línguas indígenas, entre outros, com baixo custo para a sociedade a mais de 1.500 alunos por semestre.
 

À mesa de reunião, representantes da Embaixada dos EUA. Pró-reitores acompanharam e se pronunciaram durante o encontroÀ mesa de reunião, representantes da Embaixada dos EUA. Pró-reitores acompanharam e se pronunciaram durante o encontro

"Para nós, é importante a colaboração da Embaixada na instalação do nosso Laboratório de Idiomas, previsto para iniciar suas atividades no próximo ano, então gostaríamos de contar com a sua presença na solenidade de inauguração", disse o diretor ao embaixador, que,  por sua vez, ratificou o interesse em atender à parceria.
 
O pró-reitor de Ensino de Graduação, professor David Lopes, disse que uma das metas da Ufam, por meio da Proeg, é estreitar as relações com os Estados Unidos. A ideia, segundo ele, é levantar as informações de quais universidades norte-americanas promovem intercâmbio em regime de 'curso de verão', ou seja, com menor duração, para adequar a ida dos alunos ao país estrangeiro, observando o intervalo letivo local, de forma que o discente possa intercambiar e retornar à Ufam sem prejuízo á sua periodização. "Essa será é uma política institucional. Concluído o levantamento, iremos reestruturar nossos programas e projetos para que, aos nossos alunos, seja atrativa a mobilidade estudantil", revelou.
 
O segundo pró-reitor a se manifestar foi o da Pró-reitoria de Extensão, ocupada pelo professor João Ricardo Bessa Freire. Em sua fala, ele contextualizou a importância das ações extensionistas para o interior do Estado, visto que Manuas, a capital, sofreu e ainda permanece sob as consequências de uma grave 'mutação demográfica, produto do surgimento da Zona Franca de Manaus'. "Manaus tem milhares de pessoas em situação de miséria, sobrevivendo em condições insalubres e desumanas e nós desejamos reverter esse problema, que sabemos, não é fácil. Por isso, buscamos atuar nas unidades acadêmicas do interior, que somam atualmente, cinco campi", explicou.
 
O pró-reitor falou aos representantes norte-americanos das ações mais recentes de levar a Ufam para outro polo, no caso, o município de São Grabriel da Cachoeira, no extremo norte do Amazonas. "Nesse município temos mais de 23 etnias indígenas vivendo em condições de miséria, mas, num contraponto, morando em cima de uma concentração altíssima de minérios de alto valor comercial. Acreditamos que o desenvolvimento precisa vir, de forma ambientalmente responsável, para ajudar a melhorar a condição de vida desses índios e dos moradores daquela cidade. O que precisamos é avaliar como isso pode ser feito, a serviço desses povos e da região, sem causar danos ao meio ambiente", resumiu. Na oportunidade, o pró-reitor entregou uma peça talhada em madeira, em formato de macaco da espécie sauim-de-coleira. O animal em risco de extinção habita a área verde da floresta em que está situada a Ufam e é um dos símbolos do campus.
Professor Ricardo Bessa entrega réplica em madeira de um dos maiores símbolos do campusProfessor Ricardo Bessa entrega réplica em madeira de um dos maiores símbolos do campus
 
Em seguida, apresentou-se aos dirigentes da Embaixada dos EUA, o pró-reitor da Pró-reitoria de Inovação Tecnológica (Protec), professor Waltair Machado. Para ele, a universidade brasileira ainda precisa aprender sobre como transferir o conhecimento acadêmico para a sociedade de forma que esta se aposse dele e faça proveito. "A Protec veio com essa missão, de ocupar esse espaço e preencher essa lacuna. Para nós, um grande desafio é manter essa região em razoável equilíbrio, assim o interior dependeria menos de nós e do meio ambiente, o que evitaria que o progresso culminasse em impactos ambientais de grandes proporções. A oportunidade desse encontro é muito promissora para que nos aproximemos das instituições que atuem frente a essa matéria", afirmou.
 
O pró-reitor de Administração e Finanças (Proadm), professor Raimundo Nonato Pinheiro de Almeida, falou da estrutura física da Universidade e contextualizou a descrição da distribuição funcional da Ufam na capital e no interior, de modo a chegar à ideia da consolidação dos campi. Ele explicou que embora a Universidade mais antiga do País esteja em funcionamento há mais de 109 anos, a estrutura é limitada. Para isso, segundo levantamento da pró-reitoria, serão necessários recursos da ordem de R$ 60 milhões. "Há oito anos, a Instituição não é mais foco das emendas parlamentares da nossa bancada amazonense, por isso, a nova gestão tem buscado restabelecer a relação com o poder legislativo, tendo como uma das metas, a consolidação dos campi", disse o pró-reitor.
 
Entre os pró-reitores, falaram ainda a pró-reitora de Gestão de Pessoas (Progesp), TAE Vanusa Firmo e a pró-reitora de Planejamento, professora Kleomara Gomes Cerquinho. A gestora da Progesp se mostrou entusiasmada com as possibilidades de parceria e que torce para que as mesmas progridam. Da mesma forma, a pró-reitora da Proplan. "Nós nos interessamos em saber de que forma a Embaixada pode nos nortear sobre como trabalhar com recursos próprios, ao mesmo tempo, que poderá ter acesso a recursos extragovernamentais", disse.
 
Acompanhado de sua banda, o violonista Sebastião Tapajós apresentou composições próprias aos convidados Acompanhado de sua banda, o violonista Sebastião Tapajós apresentou composições próprias aos convidados Finalizando as considerações, a assessora de Relações Internacionais e Internacionais (Arii), professora Lead Brasil, revelou que apenas dois do total de oito acordos internacionais estão em vigor com os Estados Unidos. "Eu acredito que possamos unir forças no sentido de propiciar a cooperação técnico-científica e a mobilidade e a Embaixada é mediadora nesse processo", afirmou.
 
Encerramento - O vice-reitor, professor Jacob Cohen finalizou os pronunciamentos, reiterando o agradecimento da Administração Superior em visita de cortesia à Instituição em nome do reitor, professor Sylvio Puga, que estava em Brasília, em cumprimento de agenda institucional. "Sentimos muita falta dessas relações bilaterais e levar nossos estudantes para os Estados Unidos. Temos aqui diversos cursos, desde a área de Humanas, Exatas, da Saúde, que tem certamente interesse em estabelecer essa proximidade. Somos um Estado de muitas complexidades. Para o senhor ter uma ideia, dos 61 municípios do Amazonas, somente a sete deles é possível chegar via terrestre. Então o papel da Universidade é importante para levar melhorias de vida para a sociedade, em diversas frentes", disse.
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