Células tronco são tema do I Simpósio Brasileiro de Ciências Fisiológicas

O uso de células tronco no tratamento de doenças foi o tema da primeira palestra do I Simpósio Brasileiro de Ciências Fisiológicas que teve início na tarde desta quinta-feira (02). Profissionais renomados participam do evento que durante três dias promove discussões sobre assuntos atuais para a área de Ciências Fisiológicas no auditório Eulálio Chaves.

Presidindo a mesa de abertura do evento, a reitora da UFAM, professora Márcia Perales, destaca a importância do I simpósio para a instituição: “Ele é relevante não só por trazer pessoas que estão atuando na área pesquisando, produzindo conhecimento, mas também por fazer com que aquilo que está sendo elaborado seja socializado. Então, é o momento em que temos a oportunidade de debater temáticas e conhecer o que os outros estados do Brasil estão fazendo em relação às áreas comuns da fisiologia e ainda mostrar o que a Universidade está produzindo também”, diz a reitora.

Um sonho antigo dos membros do Departamento de Ciências Fisiológicas, o I Simpósio torna-se realidade com um objetivo de pôr o Amazonas na agenda brasileira de eventos voltados para a área. “Nossa ideia é dar à Região Norte uma oportunidade de mostrar que temos condições de realizar um evento desse porte e dizer que nós, aqui, também estamos discutindo ciência como se discute em qualquer lugar do mundo”, afirmou o presidente da comissão organizadora do I Simpósio, professor José Wilson do Nascimento.

A conferência inicial abordou o tema “Transplante de células tronco em pacientes com Cardiopatia Isquêmica”, o qual foi exposto por dois palestrantes, a primeira, a professora da UFAM e pesquisadora da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHEMOAM), Adriana Malheiro, apresentou o subtema “Células tronco: mito ou realidade?.” A palestrante  discorreu sobre a pesquisa desenvolvida utilizando células tronco no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca. De acordo com Adriana Malheiro, foi possível perceber melhora na condição de saúde dos pacientes após o implante. “Desde de 2008, quando foi aprovada a lei de biossegurança, o Brasil está entre os países em que é possível realizar pesquisas in vitro com células tronco”, informou.

A seguir, o médico do Instituto do Coração (INCOR) e professor da Universidade de São Paulo (USP),Luis Henrique Gowdak,abordoua “Aplicação clínica da terapia celular em pacientes com doença coronária avançada”. Segundo ele, há pacientes com obstrução nas artérias que não podem seguir os tratamentos convencionais devido ao estado avançado da doença, por isso a necessidade de pesquisas com células tronco para oferecer uma opção para essas pessoas. “Estamos com mais de 10 anos de trabalho nesse tipo de condição. São resultados preliminares, mas que dão conta do aumento da irrigação sanguínea nos pacientes que receberam células tronco com alívio os sintomas”, revela o pesquisador.

A programação do I Simpósio Brasileiro de Ciências fisiológicas segue com os minicursos, conferências, palestra técnica e módulos temáticos durante a sexta-feira (03) e o sábado (04) no auditório Eulálio Chaves.

 

 

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