Reitor (C) recebe diploma de Honra ao Mérito pelos serviços prestados pela Biblioteconomia à sociedade. Deputados Carlos Alberto (E) e Serafim Corrêa (D).
Por Carla Santos*
* com informações da Assembleia Legislativa do Amazonas
O curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foi homenageado, na manhã desta quinta-feira, 30, em Sessão Especial no Plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Ale-Am). Com a presença de técnicos-administrativos, alunos, ex-alunos e docentes, o curso recebeu o reconhecimento por seus 50 anos de existência em propositura do deputado estadual Serafim Corrêa (PSB-AM). O reitor da Universidade, professor Sylvio Mario Puga Ferreira, recebeu condecoração representando a Faculdade e destacou o pioneirismo do curso de magnitude social.
“Para nós, da Ufam, é muito relevante esse reconhecimento externo. É por meio de ações como essas que a sociedade passa a valorizar ainda mais o trabalho dos bibliotecários, que são profissionais de extrema importância no processo de aprendizagem do cidadão. Agradeço ao deputado pela homenagem”, disse.
Serafim Corrêa, autor da propositura, destacou a historicidade do curso. "Vale lembrar que, com o progresso e o avanço tecnológico, nossas bibliotecas são em sua maioria, virtuais. Nossos alunos podem buscar conhecimentos das mais diversas formas por meio da rede mundial de computadores. Como todas as profissões, os profissionais dessa área estão se aperfeiçoando para atender as necessidades do mercado, por isso, sinto alegria por ser o autor dessa proposta, como um reconhecimento aos que brindam nossa sociedade com tanta dedicação”, salientou.
No ano passado, os bibliotecários também receberam menção honrosa da Assembleia Legislativa do Amazonas. À época, o presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia 11ª Região, Jorge Hayder Araújo de Souza, recebeu a placa pela passagem da data, comemorada oficialmente no dia 13 de março. Também foram homenageados Raimundo Martins de Lima, presidente do conselho federal de biblioteconomia, Célia Regina Simonetti Barbalho, diretora da biblioteca da Universidade Federal do Amazonas e Clara Balbina Costa de Carvalho (Ufam) , coordenadora das Bibliotecas do Centro Universitário do Norte (Uninorte).
Histórico do curso - O curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Amazonas foi criado em 1966, através da Resolução nº 26/66 de 14.11.66, por meio do Conselho Universitário, e instalado em 1967, quando passou a constituir com o Curso de Letras, o Departamento de Letras e Biblioteconomia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras.
Em 19 de agosto de 1969 - o curso de Biblioteconomia formou a sua primeira turma. Em julho de 1973, com a criação do Curso de Comunicação, passou a formar com este o Departamento de Biblioteconomia e Comunicação. Dois anos mais tarde, com a criação do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), o Curso passou a ter gestão independente, situação que se mantém até hoje.
Em 1975, após nove anos da sua criação, o Curso foi reconhecido pelo Conselho Federal de Educação, através do Parecer nº 4.876/75, de 05.12.75, e do Decreto nº 77.138/76 de 12.02.76. Esse ato foi publicado no Diário Oficial da União de 13.02.76.
Em 1994 fez-se uma reformulação curricular conforme resolução nº011 de 29.12.1994, do Consep. Em 2008, foi aprovada a nova Resolução 44/08 que regulamenta o curso de graduação em Biblioteconomia. Em 2009 entrou em andamento uma nova grade curricular, mais atualizada e adaptada às novas necessidades do profissional da informação.
Com a presença de técnicos-administrativos, alunos, ex-alunos e docentes, o curso recebeu o reconhecimento por seus 50 anos de existência
A importância da profissão - O Dia do Bibliotecário, foi instituído pelo Decreto nº 84.631, de 9 de abril de 1980, e é comemorado em todo o território nacional no dia 12 de março, data do nascimento do bibliotecário, escritor e poeta, Manoel Bastos Tigre. Engenheiro e bibliotecário por vocação, Manuel Bastos Tigre nasceu em 1882. Formou-se em Engenharia, e em 1906 resolveu fazer aperfeiçoamento em eletricidade nos Estados Unidos. Uma vez lá, conheceu o bibliotecário Mevil Dewey, que instituiu a Classificação de Sistema Decimal. Esse encontro foi decisivo na sua vida, porque, em 1915, aos 33 anos de idade, largou a engenharia para trabalhar com a biblioteconomia. Considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil, prestou concurso para ingressar no Museu Nacional do Rio de Janeiro como bibliotecário e assim se classificou em primeiro lugar, com o estudo sobre a Classificação Decimal. Transferido, em 1945, para a Biblioteca Nacional, ficou até 1947, assumindo depois a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil, na qual trabalhou, mesmo depois de aposentado, junto ao reitor da instituição.
Manuel Bastos Tigre trouxe grande contribuição social e cultural para o Brasil, por isso, a data de seu nascimento celebra o dia daqueles que comungam o mesmo objetivo: disseminar informação e conhecimento a fim promover o desenvolvimento cultural e social do País.
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