Notáveis e imortais – professoras da Ufam no protagonismo do cenário cultural amazonense

A pesquisadora Marilene Corrêa está à frente do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) e a professora Rosa Brito, da Faculdade de Educação,  é a primeira mulher a presidir a Academia Amazonense de Letras (AAL).

Considerada uma das reconstrutoras do pensamento filosófico brasileiro, a professora Rosa Brito é a primeira mulher a presidir a Academia Amazonense de LetrasConsiderada uma das reconstrutoras do pensamento filosófico brasileiro, a professora Rosa Brito é a primeira mulher a presidir a Academia Amazonense de Letras

Por Márcia Grana 
Equipe Ascom Ufam

Ao longo de seus 107 anos, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) dá significativas contribuições ao cenário intelectual da região amazônica. Atualmente, a Academia Amazonense de Letras e Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, dois ícones da expressão cultural amazonense, são comandados por educadoras da Ufam.

Academia Amazonense de Letras

Integrante da Academia Amazonense de Letras desde 1993, a professora da Faculdade de Educação, doutora Rosa Brito, é a primeira mulher a presidir a instituição que completa 100 anos em janeiro de 2018. Em meio aos preparativos da comemoração do centenário da Academia, ela destaca o aumento da inserção feminina na instituição erudita como um dos principais avanços a serem celebrados. “A Academia é composta por 40 integrantes, dos quais apenas 06 são mulheres. Parece pouco, mas a posição da mulher na Academia já conta com avanços significativos, considerando que a primeira mulher a ingressar na Academia Amazonense de Letras foi a poetisa Violeta Branca, isso quando a Academia tinha 36 anos de existência. Eu fui a segunda mulher a ingressar, 50 anos depois da Violeta. Acredito que meu ingresso se deu, em parte, pela minha inquietação em sempre questionar essa ausência das mulheres na Academia e registrei isso no meu discurso de posse na AAL. A partir dessa minha inquietação, eu passei a avaliar minha trajetória pessoal e acadêmica e inscrevi meu nome para concorrer a uma vaga na Academia. Fui aceita pela unanimidade dos que foram votar. Agora a Academia conta também com as expoentes em suas área de atuação Carmem Novoa, a professora Marilene Corrêa; a professora Márcia Perales, que foi reitora da Ufam; Mazé Mourão e Artemis Soares, a qual é a mais recente integrante da Academia”, conta a pesquisadora, que é considerada uma das reconstrutoras do pensamento filosófico brasileiro e também é autora da obra 100 anos da Universidade Federal do Amazonas.

 

Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas

Membro da Academia Amazonense de Letras e ex-reitora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a professora Marilene Corrêa é a atual presidente do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA)Membro da Academia Amazonense de Letras e ex-reitora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), a professora Marilene Corrêa é a atual presidente do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA)Com destaque similar no cenário intelectual amazônico, a professora do Departamento de Ciências Sociais da Ufam e do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia, doutora Marilene Corrêa, que também é membro da Academia Amazonense de Letras e já ocupou cargos como o de Secretária de Estado de Ciência e Tecnologia do Amazonas e reitora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Atualmente, preside o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA). Ela comenta como o IGHA tem cumprido a missão de ser guardião da memória do Amazonas. “No IGHA temos relatórios de governos; todos os jornais de época; uma biblioteca enorme frequentada diariamente por pesquisadores das áreas de História, Turismo, Biologia, entre outras; museu com acervo estimado em mais de 15 mil peças; mobiliário de época. Quando o IGHA foi criado, há cem anos, em 1917, só existia a Ufam, que à época era a Universidade Livre de Manáos, mas podemos dizer que as pessoas da época compartilhavam do pensamento de que a iniciativa da pesquisa; da produção do conhecimento; do registro dos estudos e de guardar a memória não era algo externo, mas algo que nós mesmos daqui deveríamos nos organizar para, de certa forma, assim proceder. Com uma trajetória marcada pelo posicionamento em relação à terra, a marcos políticos, ao Estado, ao pensamento social brasileiro emergente, ao caráter nacional e a um conjunto de  preocupações de intelectuais daquela época, temos muitos motivos para comemorar esse centenário. Por isso, a programação alusiva ao centenário se estende até o dia 25 de março de 2018, quando lançaremos um dossiê com as principais preocupações com a Amazônia ao longo deste centenário”, declarou a presidente, ocupante da cadeira do IGHA que tem como patrono João Francisco Lisboa, intelectual que pensava muito a integração da Região Norte.

 

 

 

 

 

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