Ufam cria grupo de apoio psicológico para estudantes. Próxima reunião é dia 17 de agosto

Voltado aos graduandos dos cursos regulares presenciais, o ‘Grupo Apoie-se’ utiliza terapêutica preventiva em reuniões quinzenais com até 35 participantes

O resgate da autoestima e a redução das angústias e ansiedades - na vida acadêmica, profissional ou pessoal – são dois dos objetivos do grupo de Terapia Comunitária Integrativa (TCI) criado na Universidade Federal do Amazonas. Ao estabelecer uma rede de apoio e desenvolvimento individual e comunitário voltada à saúde mental dos estudantes, a Ufam fortalece ações de saúde realizadas no âmbito do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes).

O Departamento de Assistência Estudantil da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Daest/Progesp) coordena o projeto. Segundo a diretora, TAE Mônica Barbosa, além de prestar apoio necessário à permanência e à conclusão do curso de graduação, o projeto passa por algo ainda mais complexo e importante: a saúde física e mental dos estudantes.

As queixas são diversificadas e giram principalmente em torno das demandas acadêmicas: a pressão que gera um quadro de ansiedade próximo do período de provas; conflitos familiares; conflitos na orientação sexual; questões relacionadas a suicídio ou automutilação. Os quadros podem variar desde cansaço até patologias crônicas, como a depressão. Conforme destaca a gestora, esses problemas podem resultar na perda do semestre letivo e na evasão.

“Esperamos que a divulgação seja ampla e contamos também com a parceria dos coordenadores de curso para que os estudantes possam se apropriar desse espaço de prevenção e estabelecimento de vínculos, tão importante na vida acadêmica”, ressalta a diretora do Daest, ao avaliar que a saúde mental é um dos temas mais comentados do mundo na atualidade. “A Ufam tem um espaço para isso, onde se estabelece um diálogo preventivo. Quando eles percebem que não estão sozinhos, é um alívio”, reforça Mônica Barbosa.

Terapia Comunitária Integrativa

Da esquerda para a direita: diretora do Daest, TAE Mônica Barbosa; coordenadora de Desenvolvimento Estudantil, TAE Larissa Freire; e coordenadora do Grupo Apoie-se, TAE Josiane Medeiros Da esquerda para a direita: diretora do Daest, TAE Mônica Barbosa; coordenadora de Desenvolvimento Estudantil, TAE Larissa Freire; e coordenadora do Grupo Apoie-se, TAE Josiane Medeiros É uma modalidade terapêutica de caráter preventivo que consiste num espaço de acolhimento dos sofrimentos, partilha das inquietações, problemas ou situações difíceis, mas também das alegrias e das histórias de superação. Em resumo, é uma prática de cuidado da saúde mental em grupo, na qual cada um torna-se terapeuta de si mesmo a partir da escuta dos relatos.

A TCI é desenvolvida em cinco etapas: acolhimento, escolha do tema, contextualização, problematização e encerramento, tudo isso com o acompanhamento de uma psicóloga. Cada reunião é aberta, limitando-se o número de participantes apenas à capacidade do espaço físico (em torno de 35). Cada encontro tem duração média de uma hora e meia, nos dois turnos.

Os temas são escolhidos pelos participantes e não se exige que os mesmos discentes estejam presentes em todas as reuniões. “O acesso é livre e o diálogo pode ser sobre o contexto universitário ou pessoal. Escolhemos e desenvolvemos o tema na hora da reunião. Não há um assunto fixo”, diz a coordenadora de Desenvolvimento Estudantil, TAE Larissa Freire.

“Vimos na psicoterapia comunitária uma forma de atender a um número maior de estudantes que demandavam por terapia individual. Cada um entra na roda, eles elegem um tema, fazem a contextualização em que todos podem falar e escutar, é lançada uma palavra-chave e o grupo é levado a montar estratégias para superar ou lidar com as questões levantadas. O número de participantes pode variar de 15 a 35 por encontro”, explica a coordenadora do ‘Grupo Apoie-se’, psicóloga comunitária Josiane Medeiros.

Segundo relata, a psicoterapia em grupo vem sendo usada em universidades públicas com frequência e, a partir das experiências, são elaborados estudos e publicações. Como o projeto é novo na Ufam, está em avaliação e o novo encontro, marcado para esta quinta, 3 de agosto, será um termômetro. “Os resultados surgem nas falas dos próprios estudantes. Eles se sentem mais aliviados, conseguem lidar melhor com a questão do tempo e outras coisas angustiantes”, analisa a psicóloga.

 

Participe!

Quem pode participar? Estudantes de cursos presenciais de graduação da Ufam.

Quando? O projeto já tem cronograma até dezembro de 2017, com encontros quinzenais. São realizadas duas reuniões por dia, uma pela manhã (9 – 10h30) e outra à tarde (14 – 15h30).

Onde? Na Sala de Treinamento da Progesp (Centro Administrativo, próximo à FD).

 
 
Anexos:
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