Reunião define tarefas para solucionar a questão dos animais no Campus
Gestor da Proeg, professor David Lopes será o articulador do Programa que deve agregar instituições parceiras para tratar da questão
Com o objetivo de implantar um Programa de Proteção Permanente aos Animais Domésticos e Silvestres que vivem na área do Campus Universitário Senador Arthur Virgílio Filho, o reitor, professor Sylvio Puga, e o pró-reitor de Ensino de Graduação, professor David Lopes, reuniram-se com a Comissão Especial de Proteção aos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil Amazonas (CEPA/OAB-AM) e o Grupo Desabandone para os primeiros encaminhamentos.
A nova gestão da Universidade Federal do Amazonas assumiu o compromisso de firmar parcerias com esses dois segmentos e também com a Prefeitura Municipal de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ); com a Universidade Nilton Lins, por intermédio do médico veterinário e docente daquela instituição, professor Daniel Alexander; e com a ONG Proteção, Adoção e Tratamento Animal (PATA). “Eu sou uma pessoa de diálogo e a nossa meta é agregar”, afirmou o reitor, ao indicar os primeiros encaminhamentos para a minimização do problema.
O professor Sylvio Puga sugeriu, para iniciar os trabalhos, a elaboração de campanhas de conscientização sobre abandono e maus tratos, inclusive com a superação da falsa contradição “animais silvestres versus animais domésticos”; a inclusão, em todos os contratos de prestação de serviços para a Ufam, de cláusulas específicas e suas implicações; e a institucionalização do grupo Desabandone, principalmente a partir do engajamento com a Proeg, Pró-Reitoria responsável por gerir a maior parcela da comunidade acadêmica, os discentes da graduação.
Aspectos Jurídicos
A nova gestão da Universidade Federal do Amazonas foi receptiva às propostas apresentadas pela presidente da CEPA/OAB, advogada Ana Lúcia Nogueira. “O nosso papel é atuar no campo jurídico nas esferas administrativa e judicial. Recebemos as denúncias e encaminhamos junto aos órgãos como a Delegacia do Meio Ambiente, o CCZ e o Ipaam [Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas]”, esclareceu a advogada. “Em relação à Ufam, nos colocamos à disposição para realizar palestras e orientar sobre as providências legais cabíveis em casos que necessitem de assistência jurídica específica nesse tema”, completou a presidente da CEPA.
Parcerias
No entendimento do professor David Lopes, será preciso primeiro consolidar parcerias e definir as funções. “Podemos trabalhar isso como uma política interdisciplinar e interinstitucional, atuando por meio de um programa universitário de proteção animal, tanto para animais silvestres quanto para domésticos. Nesse âmbito, planejaremos projetos, cursos e campanhas de conscientização para proteção e tratamento”, elencou o pró-reitor.
Um dos parceiros é o professor Daniel Alexander, para quem o ideal é agregar médicos veterinários e biólogos em torno de um objetivo comum: reduzir a presença de animais domésticos no Campus, mas de forma responsável. Triagem e castrações poderiam ser realizadas pelos alunos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Nilton Lins sob a supervisão dele. “A atuação de ONGs e parcerias com outras instituições que têm esse curso superior também podem ajudar na redução dessas populações”, assegurou o docente.
A ONG PATA, presidida pela vereadora Joana D’Arc, foi representada por Ana Maria de Barros, que se mostrou disposta a colaborar nas próximas atividades.