As boas práticas em pesquisa científica foram abordadas pelo docente de Medicina e jurista Plínio José Cavalcante Monteiro.

Reitor em exercício, professor Hedinaldo Narciso Lima, durante discurso na abertura do XXV CONICTeve início na manhã desta segunda-feira, 07, a 25ª edição do Congresso de Iniciação Científica da Universidade Federal do Amazonas. A solenidade de abertura do Congresso foi presidida pelo reitor em exercício, professor Hedinaldo Narciso Lima, no Auditório Eulálio Chaves.

Durante o discurso de abertura do Congresso, professor Hedinaldo Lima ressaltou os investimentos da UFAM em Iniciação Científica. “Em um ano no qual todos os senhores sabem das dificuldades financeiras que atravessam as instituições e com a UFAM, destaco, não é diferente, decidimos que a própria instituição iria complementar os recursos necessários para que cada professor pudesse ter pelo menos uma de suas bolsas solicitadas atendidas. Isso resultou na adição de 70 bolsas com recursos próprios da instituição, um investimento na Iniciação científica porque a consideramos essencial para a formação de nossos alunos, para o processo de geração de conhecimento e para a realização de pesquisas no Amazonas”.

O Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, professor Gilson Monteiro, afirmou que o CONIC estimula os discentes a se envolverem com pesquisa. “Suspendi minhas férias para participar desse grandioso Congresso que é vital para a Universidade por fazer nossos alunos exercitarem a exposição de tudo o que produziram em termos científicos”, declarou o pró-reitor.

O coordenador-geral do evento, professor João Libardoni dos Santos, agradeceu o empenho incondicional dos colaboradores para o sucesso do Congresso. “Agradeço a oportunidade que me foi dada há quase um mês para coordenar o Congresso que já vinha sendo muito bem conduzido pela professora Marne Vasconcellos desde janeiro deste ano. Espero que esses cinco dias de CONIC sirvam para lapidar ainda mais a formação de nossos alunos e estimular aqueles que ainda não experimentaram a Iniciação Científica”

Conferência de abertura

Durante a palestra, Plínio Monteiro abordou as boas práticas em pesquisa científicaApós a solenidade de abertura, houve a conferência magna do Congresso, a qual foi proferida pelo professor assistente e subchefe do Departamento de Patologia e Medicina Legal da Faculdade de Medicina da UFAM, Plínio José Cavalcante Monteiro.

Doutorando em Bioética e Saúde Pública pela Universidade de Brasília, Plínio Monteiro também possui formação em Direito. Durante a palestra, ele destacou a ciência como construção sócio-histórica. “A ciência não pertence ao cientista, mas à humanidade. Não tenham dúvida, ninguém faz ciência sozinho. Por mais sozinho que o pesquisador esteja no seu laboratório ou nas madrugadas insones, a ciência é uma construção social, é um fazer coletivo.  Por isso, a responsabilidade de fazer ciência e de como ser cientista é muito grande. Agradeço o honroso convite formulado pela PROPESP pra discutirmos as boas práticas em pesquisa científica. Sabemos que os caminhos da produção científica não são fáceis, são tortuosos. A falta de recursos é uma das pedras no caminho. Mas se a esse caminho árduo forem acrescentados desvios éticos e morais, a estrada torna-se pior. A ética em pesquisa é fundamental para nossa contribuição como cientistas para a humanidade”, salientou o palestrante.

Apresentação de mais de 700 trabalhos

Professora Arinete Veras com alunas do curso de Enfermagem que apresentarão trabalhos durante o CONICAs apresentações de mais de 700 trabalhos de Iniciação Científica iniciam na tarde desta segunda-feira, 07.  A acadêmica do 6º período do curso de Biotecnologia, Yasmin Cabral Moreira, apresentará uma pesquisa que analisa a relação simbiótica entre abelhas e bactérias.“Sob a orientação do professor Carlos Gustavo Nunes da Silva, meu trabalho, intitulado ‘Isolamento e identificação de bactérias associadas ao pólen armazenado da abelha amazônica Melípora seminigra’, levou 12 meses entre pesquisa e execução. Durante a pesquisa foi possível analisar a relação simbiótica entre abelhas e bactérias e conhecer a identidade dos microorganismos na colmeia. Dessa forma, entendemos o equilíbrio da saúde da colmeia e também avaliamos o potencial de exploração desses microorganismos biotecnologicamente”, explicou a estudante.

Segundo a professora da Escola de Enfermagem, Arinete Véras, o CONIC significa um preparo dos estudantes da graduação para uma vida profissional de qualidade. “A pesquisa, para alunos e professores, é um patamar do crescimento profissional. Para os alunos, em especial, é um primeiro momento de união do intelecto científico com a vida acadêmica e isso significa preparo para uma vida profissional de qualidade, pois quem se envolve com atividades de Iniciação Científica constrói um perfil diferenciado, mais abrangente de quem se limita à graduação”, afirma a docente.

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