IV SICASA aposta na união de saberes para alcançar o desenvolvimento sustentável

Solenidade de abertura contou com a participação do Projeto "Curumin na lata", da Secretaria Municipal de Educação, para executar o Hino NacionalSolenidade de abertura contou com a participação do Projeto "Curumin na lata", da Secretaria Municipal de Educação, para executar o Hino Nacional

Organizado a cada dois anos, o Seminário Internacional de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (SICASA) chega à quarta edição este ano e tem como tema "Amazônia 2030 e os objetivos do desenvolvimento sustentável". Simultâneo ao 1º Encontro Amazônico da Associação Nacional de pós-graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade (ANPPAS), o evento conta com 509 trabalhos inscritos distribuídos em 13 grupos de trabalho (GT), sendo que o GT 11 é o mais numeroso, com 136 trabalhos da graduação recebidos.

Durante a solenidade de abertura do evento ocorrida na tarde desta segunda-feira, 19, o coordenador geral do Seminário, professor Henrique Pereira, relembrou as edições anteriores do SICASA e destacou que, desde a primeira edição, o evento trata de temáticas com alta relevância para a comunidade acadêmica e para a sociedade local e global, sempre em sintonia com o debate político de cada momento. "O SICASA busca proporcionar um momento de debate e avaliação crítica sobre a produção intelectual e a contribuição da academia à sustentabilidade das sociedades amazônicas. Para isso, este evento congrega, em torno de uma agenda científica e política plural, docentes e discentes representantes dos programas de pós-graduação, de redes e grupos de pesquisa da área interdisciplinar e das ciências ambientais com atuação na Amazônia. Os resultados do Seminário irão refletir o grau de engajamento da academia como ator necessário e relevante para os diálogos entre as sociedades locais e o ambiente regional", discursou o coordenador.

Professor Henrique Pereira - Coordenador geral do Seminário InternacionalProfessor Henrique Pereira - Coordenador geral do Seminário InternacionalUFAM - Pujança científica

Antes de declarar aberto o evento, a reitora da UFAM, professora doutora Márcia Perales, destacou a pujança científica da Universidade Federal do Amazonas e a responsabilidade social da Universidade para influenciar a adoção de novas políticas públicas. "De fato a UFAM tem uma pujança encantadora. Às vezes, no mesmo dia, tenho oportunidade de participar e fazer a abertura de eventos internacionais, todos eles com importância muito grande para nossa instituição, para a sociedade, para áreas específicas do conhecimento. Na semana passada, por exemplo, eu tive a oportunidade de fazer a abertura de um evento muito importante coordenado pelo Instituto Celso Furtado, geralmente realizado no Rio de Janeiro e que veio para Manaus porque o tema central era a Amazônia. Naquela oportunidade, eu mencionei que na nossa universidade, temos preocupação imensa em buscar sempre a excelência acadêmica, mas não queremos só isso, queremos além da excelência permanente, poder dizer com todas as letras que nós nos envolvemos, com determinação, nas demandas sociais que se apresentam à nossa universidade, na nossa sociedade, interferindo nas políticas públicas e produzindo o conhecimento necessário para a implementação de novas políticas públicas. Esse sem dúvida é um dos orgulhos que sentimos de fazer parte da UFAM”, discursou a gestora máxima da Universidade Federal do Amazonas.

 

União de saberes

Reitora da UFAM, professora Márcia Perales, ao declarar aberto o Seminário InternacionalReitora da UFAM, professora Márcia Perales, ao declarar aberto o Seminário Internacional

A diretora do Centro de Ciências do Ambiente (CCA), professora Terezinha Fraxe, ressaltou a importância de unir os saberes para alcançar o desenvolvimento sustentável. “Ao discutir, de forma coletiva, como será a Amazônia em 2030, estamos celebrando a vida, celebrando a sustentabilidade. Traçamos aqui como vamos trabalhar em conjunto para preservar a nossa Amazônia com as parcerias da Fundação Amazonas Sustentável, do Exército, do Instituto Federal do Amazonas, da Universidade do Estado do Amazonas pois reconhecemos que sozinhos não conseguiríamos. Sabemos da importância de unir nossos saberes para alcançar a almejada sustentabilidade social, econômica, cultural, territorial e política”.

Novos desafios

A coordenadora do mestrado profissional em Ensino de Ciências ambientais, professora Sandra Noda, anunciou a Rede Nacional de ensino de Ciências Ambientais para professores do Ensino Básico como o mais novo desafio da UFAM. “Estou vindo agora de Tabatinga com este novo desafio que envolve nove universidades brasileiras, representando as cinco regiões do país, e nossa Universidade coordena o polo Amazonas”, declarou a pesquisadora.

Representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Ieva Lazareviciute, proferiu a Conferência de aberturaRepresentante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Ieva Lazareviciute, proferiu a Conferência de abertura A Secretária Municipal de Educação e docente da UFAM, professora Kátia Helena Schweickardt, destacou que a realização do seminário mostra a vitalidade da UFAM. “Nós como academia servimos nossa cidade, nosso Estado. Só é possível falar em sustentabilidade, que é o mote do nosso programa de pós-graduação, se nós construirmos novos cidadãos. Como secretária de Educação do Município, asseguro que temos esse esforço na Rede Municipal, e o Projeto Curumin na Lata é um demonstrativo, assim como o Ciência na Escola e o investimento na formação de nossos professores, pois só isso pode promover uma sociedade nova, uma cidade melhor, um Estado melhor e um Brasil diferente”.

Representando o Comandante Militar da Amazônia, o General de Brigada Franklinberg Ribeiro de Freitas relembrou a parceria do Exército com a Universidade. "Sempre contamos com a parceria da UFAM, através do Departamento de História, o Seminário de História Militar, que tem trazido excelentes resultados. É uma honra para o Comando Militar da Amazônia estar neste momento em que se discute desenvolvimento sustentável na nossa região", ressaltou a autoridade militar.

Após a solenidade de abertura, a representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Ieva Lazareviciute, proferiu palestra destacando os objetivos da Agenda 2030 da ONU. “O meu foco é fortalecimento dos municípios brasileiros, da sociedade civil. A temática da minha palestra é a questão dos objetivos para o desenvolvimento sustentável e a agenda 2030, a qual foi adotada há quase um ano e que vai continuar vigente por mais catorze anos, ou seja, temos menos um ano para trabalhar e alcançar objetivos muito ambiciosos que foram colocados na nossa frente e o Brasil como país se comprometeu com essa agenda, declarou que vai trabalhar em prol desses objetivos, mas o Brasil não vai avançar se cada município não avançar. Foi colocado muito claramente que as batalhas serão vencidas nas cidades. Com isso temos noção do quanto está próximo de nós, do quanto depende de nossas atitudes implementar os itens dessa agenda”, ressaltou a palestrante.

Expectativa do público

O discente do PPGCASA, Nelson Teixeira Filho, destacou sua expectativa com relação ao seminário “Neste evento pretendo compreender melhor os desafios e as possíveis soluções para a sustentabilidade na Amazônia nos diferentes âmbitos apresentados, além de entender o papel da academia e como a prática pode ser atingida com as parcerias com outros órgãos aqui presentes”.

A quarta edição do Seminário Internacional de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia segue até o dia 22 de setembro, com sessões diárias, uma pela manhã (das 8h30 às12h) e outra pela tarde (das 14h às 17h30). 

Confira programação completa em http://www.seminariodoambiente.ufam.edu.br/2016/programacao.html

 

 
 
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