Exposição Fotográfica 'Imigrantes Haitianos no Brasil' tem início em 9 de setembro

O acervo fotográfico ficará disponível para visitação até o dia 28 de outubro

O Museu Amazônico da Universidade Federal do Amazonas apresenta a exposição de fotografias cedidas por entidades e pessoas que realizam atendimentos, ações sociais e ajuda humanitária aos imigrantes haitianos no Brasil. A exposição gratuita terá início no dia 9 de setembro, às 19h, no Museu Amazônico, localizado na Rua Ramos Ferreira, 1.036, Centro.

A diretora da Divisão de Documentação e Pesquisa do Museu, professora Kátia Couto, explica que os visitantes irão conhecer, por meio de imagens, as trajetórias de haitianos que vieram para o Brasil depois que Porto Príncipe (a capital) e outras cidades do Haiti foram devastadas por um terremoto, em janeiro de 2010.

“Essas experiências se (re)definem através de encontros e desencontros que o ‘migrar’ oferece. Serão conhecidas histórias vividas e intercambiadas pelos imigrantes haitianos, suas amizades, seus ritos, sua busca pelo trabalho e sua partida”, ressalta a professora, a respeito do que as imagens buscam resgatar.

O objetivo é promover o diálogo intercultural desde a retratação da chegada ao Brasil após o evento trágico que obrigou parte da população haitiana a buscar oportunidades fora do País de origem. A exposição fotográfica estará sob a curadoria de Kátia Couto, Regina Vasconcelos e Alana Silveira.

Solidariedade

A exposição retrata o trabalho de algumas das entidades e pessoas físicas que atenderam aos imigrantes, reforçando o papel da solidariedade para a construção daqueles que chegam ao Brasil, seja por alguns anos ou para toda a vida. Dentre os colaboradores estão a Paróquia de São Geraldo, a ONG LEPSWA e Priscila Miglioli.

A historiadora Kátia Couto, responsável pela concepção do evento, enumera os benefícios da imigração haitiana no Brasil. “Fala-se pouco sobre a contribuição dos imigrantes nos países para onde migram. Não é só o trabalho, ou seja, sua mão-de-obra um fator importante. Há também a contribuição cultural que gera o bem cultural na construção de identidades das nações, as relações afetivas pelos matrimônios, pelo nascimento dos filhos... Os imigrantes e suas formas de se relacionar promovem uma interculturalidade necessária à promoção das alteridades e da capacidade de constante recriação”, conclui a professora.

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