Evento comemora o Dia da África

A Universidade Federal do Amazonas, por meio do Programa de Extensão Nossa África, da Pró-Reitoria de Extensão (Proext), realizou nesta manhã de quarta-feira, 8, a abertura do evento “O Dia da África”. O evento ocorre hoje e amanhã (pela manhã e tarde), e terá uma vasta programação cultural e científica com uma série de debates, palestras e mesas-redondas sobre o continente africano.   

A mesa de abertura contou com a presença do pró-reitor de extensão, Frederico Arruda (representou a reitora da Ufam), do diretor do Departamento de Acompanhamento e Avaliação do Impacto das Ações de Extensão Universitária -DEAA-, Hideraldo Lima da Costa, do professor do curso de Jornalismo da Ufam, João Bosco Ferreira (representou a diretora do ICHL) e a presidente da Associação de Estudantes do Programa Estudante/Convênio -AEPEC-, Marcela Alvarenga. Após a manifestação de abertura ocorreu uma homenagem póstuma a estudante nigeriana Funm Layo, que morreu há três anos, proferida pela estudante Marcela Alvarenga que conviveu com ela por três meses.

É o terceiro evento do Programa de extensão e tem como objetivo apresentar ao público novos estudos sobre a presença africana na Amazônia. O evento terá danças tradicionais e modernas, cinema, teatro, oficina de turbante, desfiles, entre outras atividades culturais, além das questões científicas. O Dia da África foi instituído pela ONU em 1972 e a data comemorativa é 25 de maio.

A organizadora do evento, a estudante africana Tatiana Aigba, disse que o evento é uma forma da comunidade conhecer melhor a cultura africana. “O tema que nós escolhemos (África cultura e identidade) foi justamente pra mostrar para comunidade a nossa cultura e divulgar mais as características de nossos hábitos. Trabalhamos muito para organizar o evento e deu tudo certo. Espero que nestes dois dias o público saia satisfeito”, disse a estudante.     

O pró-reitor de extensão, Frederico Arruda, afirmou que o evento tem um significado especial porque discute a participação da comunidade na universidade. “A Ufam não é uma ilha. Geograficamente é uma ilha porque é uma área de ambiente natural dentro da área urbana de Manaus. É um paraíso do ponto de vista natural. Este evento tem um significado especial porque começou com a ideia de que estudantes poderiam coordenar projetos de extensão, não somente professores e técnicos. A universidade não tem perfil para ser uma ilha porque recebe estudantes de todas as origens. A Ufam é um esforço de compartilhamento. O público externo é nosso parceiro e a razão da existência da academia. Por isso este evento tem uma importância significativa porque foi organizado e coordenado por estudantes africanos. Fico feliz por ter contribuído com esta ação na Ufam”, afirmou Arruda.

“O Programa Nossa África vem se consolidando a cada ano. Nestes últimos anos vários parceiros externos foram inseridos. Vários movimentos sociais, instituições e pesquisadores vêm participando do Programa. Quero registrar a importância do Programa em razão da participação do público interno e externo”, destacou o diretor do Departamento de Acompanhamento e Avaliação do Impacto das Ações de Extensão Universitária, Hideraldo Costa.    

A conferência de abertura foi proferida pela a professora do Departamento de História da Ufam, Keith Valéria de Oliveira Barbosa que abordou as questões do negro no Brasil, as origens da discriminação e também descreveu casos de discriminação de afro-descendentes e suas conseqüências.  


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