Alunos intérpretes de Libras e professora Tatyana SampaioO Núcleo de Inclusão e Acessibilidade, o EUAPOIO, está em plena atividade na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), promovendo recursos e apoio às ações que possam tornar a instituição mais acessível. Além de atuar nas unidades do interior, o núcleo está situado no Centro de Atenção Integral à Saúde (CAIS), Setor Sul do Campus Universitário Artur Virgílio Filho, em Manaus.

O Núcleo de Inclusão e acessibilidade é um espaço previsto em Lei para as universidades federais. O coordenador do projeto, professor Renato Brandão, explica que o principal interesse do EUAPOIO é oferecer um ambiente com recursos que trazem mais acessibilidade para alunos e servidores da UFAM. "O núcleo oferece computadores, scanners e equipamentos, que adaptam material didático e documentos para alunos e servidores", destaca.

Os serviços do EUAPOIO são destinados principalmente a surdos, cegos, pessoas com baixa visão, cadeirante, pessoas com mobilidade reduzida e também pessoas com deficiência intelectual. Ainda segundo o coordenador, a maior demanda da universidade é de deficientes visuais. São oito nas unidades da capital e do interior.

Eloísa Sousa adapta seu material didático no núcleoA aluna do quarto período de Letras – Língua Inglesa, Eloísa Sousa, tem baixa visão e conta que o núcleo é essencial para sua autonomia dentro da universidade. Além de ser aluna do curso, Eloísa é bolsista do EUAPOIO. "No núcleo tenho as ferramentas para adaptar o material didático. No caso das provas, os professores ampliam e também posso usar um dispositivo que facilita leitura", relata.

A professora Tatyana Sampaio Monteiro é surda e faz parte do Departamento de Letras-Libras da UFAM. Ela deu aula durante cinco anos no Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET), antes de se mudar para Manaus. Segundo ela, lutar pela acessibilidade na universidade é importante para quebrar barreiras. "O EUAPOIO é importante para evitar o preconceito e usar a acessibilidade como forma de abrir portas", frisa.

Segundo ela, a UFAM está dando os primeiros passos para se tornar mais acessível. Ela acredita que é importante lutar para que as pessoas tenham mais conhecimento sobre acessibilidade nas instituições de ensino. "A aceitação está apenas começando na UFAM. É preciso mudar a visão sobre acessibilidade, para que possamos no futuro conquistar mais direitos, como o mestrado e o doutorado", afirma.

No núcleo há sete alunos de graduação da universidade, que trabalham como intérpretes de Língua Brasileira de Sinais, Libras. Eles ficam à disposição do núcleo para auxiliar em atividades na universidade, como traduções simultâneas, palestras e reuniões, entre outras ocasiões. Para mais informações sobre o EUAPOIO, é possível entrar em contato pelo e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..