Estudante da UFAM recebeu prêmio de primeiro lugar

Da esq. para a dir: vice-reitor Hedinaldo Lima, Diego Osoegawa e Ivani FariaDa esq. para a dir: vice-reitor Hedinaldo Lima, Diego Osoegawa e Ivani FariaCom o projeto “Nuya'rlitua: a fibra do coração”, o estudante Diego Ken Osoegawa recebeu o prêmio de R$50 mil pelo primeiro lugar do Prêmio Empreendedorismo Sustentável promovido pelo Programa Santander Universidades. A cerimônia de premiação ocorreu na noite desta quinta-feira, 17, na Universidade Federal do Pará (UFPA).

Em sua segunda edição, o prêmio reconhece os melhores projetos empreendedores desenvolvidos por estudantes de graduação e pós-graduação das universidades federais da região Norte, que abordam a preservação do meio ambiente, a economia reversa e o extrativismo. Além do estudante da UFAM, outros 17 projetos concorriam aos três primeiros lugares.

Presente na cerimônia, o vice-reitor da UFAM, professor Hedinaldo Lima, parabenizou o estudante e destacou a importância da pesquisa científica para a resolução de problemas sociais. “É o reconhecimento de um trabalho exitoso que está em desenvolvimento por alunos e professores envolvidos na formação de professores indígenas em São Gabriel da Cachoeira”, disse. “A premiação deve servir de estímulo, não só a todos os envolvidos nesse trabalho, mas também aos demais estudantes e docentes da UFAM, que já se envolvem ou pretendem se envolver na solução das demandas sociais”, declarou o gestor da Universidade, ao informar que outros dois estudantes da Instituição também estavam entre os finalistas do prêmio.

O vice-reitor disse ainda que as pesquisas desenvolvidas na UFAM são de excelente qualidade e têm rendido diversas premiações para a Instituição. O professor incentivou alunos e professores a seguirem o exemplo de Diego. “É importante também aproveitar as oportunidades e concorrer, competir”, expôs.

A pesquisa de Diego, orientada pela professora Ivani Faria, apresenta uma proposta para contribuir para maior independência e geração de renda para os povos indígenas do Amazonas. Considerando que a fibra da piaçava é um importante recurso do extrativismo no Alto Rio Negro, mas que a forma como se estabelecem as cadeias produtivas em torno do produto, com histórica predominância da exploração dos extrativistas, torna a atividade desinteressante por falta de retorno à altura do esforço desprendido, o projeto de Diego objetiva criar uma maneira efetiva de geração de renda a partir de um empreendimento indígena sustentável.

De acordo com o autor, serão criados processos educativos e rede de descarte adequado de óleo lubrificante a partir da estruturação da logística reversa dos insumos da cadeia produtiva da piaçava. O Óleo lubrificante é extensivamente utilizado para locomoção por motores tipo “rabeta” no dia a dia das comunidades e também para o deslocamento até alguns piaçabais. “O foco será reconhecer não somente o seu valor de uso e beleza, mas também o valor imaterial agregado a esses produtos. Um valor que também é cultural, pois conserva a biodiversidade, valoriza a floresta em pé e a manutenção de seus serviços ecossistêmicos”, registra.

O prêmio de R$30 mil pelo segundo lugar foi para a estudante da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Anna Eliza Maciel de Faria Mota Oliveira, que concorreu com o projeto “Produção de nanoemulsões inseticidas a base de óleos de sucupira-branca no estado do Amapá”.

Allison Daniel Fernandes Coelho Souza, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), ficou em terceiro lugar com a pesquisa sobre o “Uso do carvão ativado granular a partir do coco babaçu na remoção de fármacos em estações de tratamento de esgoto”. Ele receberá R$20 mil pelo trabalho.

Sobre o Programa Amazônia 2020

A iniciativa é parte do Programa Amazônia 2020, do qual a UFAM é participante. O programa visa apoiar as universidades federais da região Norte promovendo a internacionalização, o intercâmbio de conhecimento, a formação do docente, o incentivo a pesquisa científica, o empreendedorismo sustentável e a transferência tecnológica. Também está entre as metas do programa, inserir a educação financeira como ferramenta para a conscientização, a gestão responsável de recursos e a melhoria de renda.

O programa realiza quatro grandes premiações: Prêmio Santander Empreendedorismo, Prêmio Santander Universidade Solidária, Prêmio Santander Ciência e Inovação e Prêmio Guia do Estudante – Destaques do Ano.

 

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