Novo HUGV será referência em serviços de ponta na região Norte
Novo HUGV tem recursos asseguradosA primeira etapa do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), destinada às áreas clínico-cirúrgicas, deverá ser entregue em março de 2016. Com o dobro da capacidade física da estrutura antiga, a aquisição de equipamentos de última geração para diagnóstico de imagem e a oferta de serviços diferenciados para a rede pública do Amazonas, o HU será referência na região Norte.
Com recursos assegurados até a conclusão da obra, o prédio terá 12 salas cirúrgicas, todas equipadas com aparelhos de videocirurgia. “É um avanço significativo para o hospital, pois esses equipamentos irão permitir a realização de intervenções minimamente invasivas em todas as especialidades”, informa o diretor do HU, Rubem Alves. Além da clínica médica e cirúrgica, serão incorporadas as especialidades de pediatria e ginecologia, com 30 leitos em cada.
“A capacidade total será de 300 leitos, o dobro da atual; e o número de leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) será mais que o triplo do que temos hoje, saltando de nove para 30”, destaca o diretor. Esse crescimento também será importante para fortalecer a vocação do HU, como destaca o diretor, pois permite a ampliação do número de vagas em residência médica e até a inclusão de cursos. Em anestesiologia, por exemplo, será possível aumentar o número de residentes de cinco para oito, conforme os parâmetros do Ministério da Educação (MEC).
Diagnóstico por Imagem
Hospital terá 12 salas para videocirurgia
Além das salas cirúrgicas equipadas e dos leitos, o hospital terá ainda um centro de diagnóstico por imagem com duas salas de raio-X simples e uma de raio-X computadorizado. “O raio-x telecomandado é usado em exames que necessitem de contraste [líquido de aplicação intravenosa para facilitar a visualização do exame]. É um tipo de robô, porque o operador fica fora da sala do raio-X utilizando comandos remotos e os resultados aparecem numa tela”, explica Rubem Alves. Segundo ele, o aparelho será o primeiro no serviço público do Estado.
O Centro de Imagem do HU terá ainda um equipamento para exame de ressonância magnética, um para tomografia computadorizada, dois para ultrassonografia e dois mamógrafos. Os métodos endoscópicos, pelos quais são analisadas as mucosas internas do corpo, também serão priorizados. Haverá dois aparelhos de endoscopia digestiva alta, para análise do estômago; dois de colonoscopia, específicos para a região que compreende os intestinos; e dois de broncoscopia, para avaliar a região dos pulmões.
“Com todas essas aquisições, o Hospital Universitário pretende ser a referência em diagnóstico por imagem na região Norte, pois nós temos mais equipamentos e todos eles são de última geração”, comemora o diretor. Na avaliação dele, o uso de aparelhos com acompanhamento por vídeo tem reflexos positivos na área acadêmica, já que permite ao aluno de medicina o acompanhamento do processo e do diagnóstico.
Hemodinâmica
Pacientes terão acesso a serviços exclusivosServiços de hemodinâmica são utilizados para identificar obstruções em artérias ou para avaliar o funcionamento do músculo cardíaco. Ele é um dos serviços oferecidos no novo HUGV. “Consiste na inserção de um cateter numa artéria com o fim de diagnosticar ou realizar uma terapêutica [tratamento]”, esclarece o professor Leonardo Cavalcante, médico do Hospital Universitário que atua nessa área.
A hemodinâmica, conforme o especialista, geralmente é utilizada em procedimentos de neurocirurgia, cirurgia vascular e cirurgia cardíaca. “Quando iniciar a oferta no HUGV, ele será o segundo hospital público de Manaus e do Amazonas a realizá-lo. Hoje, somente no Hospital Francisca Mendes se disponibiliza o serviço”, finaliza Cavalcante.
Estrutura
A nova sede terá área construída de 34.660 m², com 13 pavimentos, um heliponto e garagens com capacidade para 420 veículos. Haverá sete salas de conforto com capacidade para 12 pessoas cada; área de convivência dotada de capela, cantina e sala de estudo. O heliponto possibilitará a distribuição rápida e eficaz de pacientes emergenciais.
“Esse investimento em infraestrutura, principalmente em relação ao heliponto, permitirá que o paciente do interior chegue de helicóptero até o Getúlio Vargas. Se nós tivermos a especialidade aqui, ele será tratado no próprio hospital; caso contrário, ele deverá seguir para ser atendido no local de referência daquele caso”, explica Rubem Alves. A mudança, segundo ele, privilegia um atendimento público em rede a serviço de pacientes em todo o Amazonas.
Ensino
No HUGV há 23 programas de pós-graduação com residência médica e formação anual de, aproximadamente, 160 médicos pós-graduados na área clínica, cirúrgica e pediátrica.
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