Earth aborda uso de tecnologias sustentáveis para o desenvolvimento da Amazônia

Earth discute internacionalização da Pós-graduaçãoEarth discute internacionalização da Pós-graduaçãoUnir tecnologia, educação e sustentabilidade. Essa é a proposta da Escola Avançada de Sistemas Computacionais e Robóticos (Earth), que durante cinco dias discutirá o papel da tecnologia para o desenvolvimento da Amazônia, com destaque para a preservação ambiental e a formação das novas gerações. A Earth 2016, promovida pelo Instituto de Computação da UFAM (Icomp), teve início na manhã desta segunda-feira, 25, no Novotel Manaus.

Na abertura da semana de atividades da Earth, representando a reitora da UFAM, professora Márcia Perales, o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da UFAM, professor Gilson Monteiro, realizou a abertura oficial do evento, destacando a importância da preocupação com a preservação do meio ambiente. O pró-reitor enfatizou que o cuidado com a Terra é um tema interdisciplinar e, por isso, relevante para diferentes áreas da sociedade. “É um tema que entrelaça da cultura à robótica, à medicina, à religião. Ter a preocupação com o planeta é fundamental”, afirmou.

Segundo pró-reitor, reciprocidade é pressuposto para internacionalização.Segundo pró-reitor, reciprocidade é pressuposto para internacionalização.Promover a qualificação de alto nível de estudantes e profissionais do Amazonas e da região Norte por meio da interação entre os participantes da Earth de outras regiões do globo é outro objetivo do evento. De acordo com o coordenador da Escola, professor José Reginaldo Carvalho, a Escola é dividida em duas trilhas de abordagem, uma voltada para a educação, com a formação de estudantes de Ensino Médio e da graduação, capacitados para atuar em pé de igualdade com alunos de outros locais. A pesquisa, o desenvolvimento e a inovação compõem a segunda trilha de atividades voltadas para a pós-graduação. “O objetivo maior da escola é trazer para o Amazonas referências no mundo na área da robótica, de tecnologias para grandes problemas como mineração, gás e petróleo, telecomunicações”, disse.

Um exemplo citado pelo coordenador e que será abordado em dois minicursos da Earth será o uso de veículos aéreos não-tripulados, os drones, como recurso sustentável  apto a auxiliar em atividades como o monitoramento ambiental e o policiamento de fronteiras. “Eu quero aplicar tecnologia sustentável. Como eu posso fazer issoAté onde a tecnologia realmente é útil na sustentabilidade? Nós vamos tratar disso”, explicou.

Ainda segundo o coordenador, a Earth pretende deixar um legado para os participantes de que é possível investir em alta tecnologia para o desenvolvimento econômico do Amazonas, preservando a biodiversidade local. “Queremos que a Escola produza um impacto nas pessoas; que elas saiam daqui como um pequeno agente para fazer a diferença no nosso estado. Desenvolvimento econômico, sim, mas a floresta tem de estar no lugar”, frisou o professor José Reginaldo Carvalho.

Painel sobre Internacionalização

Professor José Reginaldo Carvalho, coordenador da EarthProfessor José Reginaldo Carvalho, coordenador da EarthDurante a manhã, a Earth discutiu “Internacionalização de Programas de Pós-graduação na Amazônia” como forma de permitir o avanço em conhecimento e tecnologia para a região. Participaram do debate, além do pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da UFAM, Gilson Monteiro, a diretora da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Andrea Wichmann, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Eron Bezerra, entre outros.

Segundo o pró-reitor da UFAM, os pressupostos básicos para a internacionalização são a superação da visão local, focada em barreiras geográficas, e o estabelecimento da reciprocidade entre instituições. “Eu preciso receber bem como sou bem recebido fora”, comentou. “Eu preciso ter essa visão de que não posso tratar essa mobilidade como uma mobilidade em que só nós ganhamos e os outros perdem”, expôs.

O interesse pelo intercâmbio com as instituições brasileiras foi um dos pontos considerados no painel. De acordo com o representante da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization (CSIRO), um fator atrativo para instituições estrangeiras é o fato de os estudantes brasileiros apresentarem bom desempenho e se destacarem pela competência nos projetos que desenvolvem. “Uma das razões pelas quais temos interesse na colaboração internacional é por causa da qualidade dos alunos brasileiros”, ressaltou Alberto Elfes.

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