UFAM adere à campanha “Dez Medidas Contra a Corrupção”

Carta foi assinada na tarde desta segunda-feiraCarta foi assinada na tarde desta segunda-feiraA Universidade Federal do Amazonas (UFAM) aderiu oficialmente, na tarde desta segunda-feira (14) à campanha “Dez Medidas Contra a Corrupção”, promovida pelo Ministério Público Federal (MPF). A solenidade aconteceu no miniauditório da Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica da Universidade (PROTEC), localizado no Centro Administrativo da UFAM, setor Norte do Campus Universitário Senador Arthur Virgílio Filho, em Manaus.

Participaram da mesa de honra da solenidade a Reitora da UFAM, professora Dra. Márcia Perales; o Vice-Reitor, professor Dr. Hedinaldo Lima; o procurador federal junto à Fundação Universidade do Amazonas, Dr. André Cheik Bessa; e o procurador-chefe da Procuradoria da República no Amazonas (PR/AM), Dr. Edmilson Barreiros Júnior. Também participaram da solenidade pró-reitores, diretores de unidades acadêmicas e administrativas, e demais gestores da Universidade.

Na ocasião, a Reitora fez a leitura da carta de adesão oficial da UFAM à campanha do MPF. Durante a leitura, a gestora destacou a importância de a Universidade aderir à campanha. “Pela sua história de formação de cidadãos, pela sua tradição de luta pela ética e pela democracia, pela sua natureza de entidade produtora de conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais, pela sua defesa intransigente em prol da educação como bem público, a Universidade Federal do Amazonas não poderia deixar de participar de forma efetiva e institucional dessa campanha importante de combate à corrupção no Brasil”, afirmou.

Na assinatura, Perales também ressaltou que é compromisso histórico da Universidade a contínua luta contra a corrupção em todos os seus níveis e formas. “Tenho plena e absoluta certeza que cada gestor aqui cumprirá sua parte, de lutar contra a corrupção e honrar a nossa Universidade, que é o nosso maior patrimônio”.

Combate direto ao crime de corrupção

Segundo o procurador-chefe, Dr. Edmilson Barreiros, com as 10 medidas contra a corrupção, o crime se tornará de alto risco, desestimulando mais pessoas a praticarem. “Corrupção é diferente de um crime de ímpeto. No crime de ímpeto, a pessoa não pensa e comete o crime. Já no caso da corrupção, a pessoa pensa, avalia os riscos e decide praticá-lo. Se nós desestimularmos as vantagens, temos certeza que o crime vai diminuir no país”, destacou.

Ainda de acordo com o procurador, só no estado do Amazonas, a campanha já conta com mais de 37 mil assinaturas, ultrapassando a meta em 530%. “A meta era 6.800 assinaturas, e nós estamos trabalhando para ajudar o Brasil a chegar em 1 milhão e meio o mais rápido possível. A ideia é expandir nossas ações não só para a UFAM, mas também para outros apoiadores, que possuem capilaridades no interior”, afirmou.

Ideias para o combate

Durante o evento, diversos gestores tiveram a oportunidade de mostrar ideias para o combate à corrupção. Foi o caso do Dr. Rubem Alves Junior, superintendente do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV). Na ocasião, o médico reafirmou a importância do combate pleno e direto ao crime, e se comprometeu a abraçar a causa com todos os servidores do HUGV.

“O corrupto é um criminoso, na medida em que desvia dinheiro que poderia construir quatro hospitais universitários e que poderia comprar mais remédios para os pacientes. Tenho certeza de que 90% dos servidores do hospital vão assinar a adesão à campanha, mas nosso objetivo é que ela chegue não só aos servidores, mas também aos pacientes e acompanhantes, porque são eles quem mais sofrem com a corrupção”, salientou.

Reitora da UFAM também assinou a campanha que endossa Projeto de Lei popularReitora da UFAM também assinou a campanha que endossa Projeto de Lei popularA campanha

As medidas propostas pelo Ministério Público visam à transparência e a eficiência do Ministério Público e do Poder Judiciário, no que se refere ao tempo dos processos; a simulação de testes de conduta moral de servidores; campanhas publicitárias voltadas a estabelecer uma cultura de intolerância à corrupção; sigilo de fonte quando essa medida for necessária para que um cidadão reporte corrupção, para a proteção do noticiante, entre outras.

A Campanha já recolheu mais de novecentas mil assinaturas em todo o Brasil, numa prova inequívoca de que a população brasileira deseja ir além das denúncias de corrupção, até uma ação efetiva de mudança legislativa, como propõe o MPF.

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